75% dos municípios brasileiros apontam casos de recusa de vacinação contra a covid-19

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Por Samuel Carvalho – Redação Correio da Semana
De acordo com dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM) 75,3% das cidades brasileiras registram casos de pessoas que se recusam a receber a dose, independente da marca e do fabricante. O estudo obtido pela CNM contou com a participação de 5,5 mil prefeitos de todas as regiões do Brasil, entre a segunda (12) e quinta-feira (15) da semana anterior e foi divulgado no último domingo (18).
Apesar da campanha de conscientização sobre a importância da vacina contra Covid-19 é comum que em muitas cidades brasileiras haja a rejeição por parte da população aos imunizantes que buscam reduzir o efeito da pandemia no país. Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Alberto Chebabo, acredita que a recusa na vacinação está ligada ao compartilhamento de informações falsas ou errôneas. “Já está comprovado que todos os imunizantes são eficazes e, portanto, não existe justificava técnica para não vacinar. Portanto, isso nos leva a crer que a única coisa que justifica isso é a desinformação”, disse o Vice-presidente.
Essa rejeição em receber o imunizante deixa toda a sociedade em alerta. Segundo Diego Xavier, pesquisador da Fiocruz, a negação à vacina contra a Covid-19 pode criar “vários surtos localizados”. O pesquisador citou o exemplo dos Estados Unidos e prevê que o mesmo pode ocorrer no Brasil.
“Esses surtos vão acontecer exatamente nessa população que não completou o calendário e que se negou a vacinar. Nos Estados Unidos, já estamos vendo isso. Regiões mais negacionistas em relação à vacina estão apresentando curvas em ascendência e, nos locais onde a grande maioria se vacinou, vemos que está sendo mantida essa tendência de redução de casos e mortes. Veremos a mesma coisa acontecer aqui no Brasil, nesses locais onde está havendo baixa adesão à campanha de imunização”, avaliou Diego Xavier.

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