Mestria / maestria
De “mestre + ia” – Profundo conhecimento em determinada área ou ciência, grande capacidade, perícia, grande habilidade e experiência. Ex.: “A mestria de Jorge estava em que, em tudo por tudo, nas duas maravilhosas histórias de velhos marinheiros, desvencilhou-se de quaisquer compromissos”. (Austregésilo de Ataíde). Muita gente usa a forma “maestria”. Portanto, quem executa um trabalho com perfeição, o faz como um “mestre”: Ele toca piano com mestria, isto, é como um mestre em piano toca. Embora os maestros façam, executem apresentações com grande perícia. A forma recomendável é mestria: Dominguinhos tocava acordeon com mestria.

Derrubar ou derribar?
Ambas estão corretas. São as chamadas formas variantes ou sincréticas, assim como: assoviar, assobiar; covarde, cobarde; calafrio, calefrio; ouro, oiro; tesouro, tesoiro; louro, loiro etc.
Muita gente boa pensa que a forma derribar é incorreta. Ledo engano. A etimologicamente correta é “derribar”, derivada do Latim “derripare”. A forma derrubar é corruptela ou corrutela de derribar.

Houveram ou não houveram?
“Houveram encontros desastrosos na minha vida”. Não é para menos! O correto é: Houve encontros desastrosos na minha vida. Aprenda: Nunca faça variar o verbo “haver” no sentido de acontecer, realizar-se, existir. Use sempre singular. Exs.: Anos atrás houve muitas batalhas ponto; Ontem houve várias reuniões.

Muita gente, em vez de “no entanto” usa “no entretanto”. É correto?
Não. “no entretanto”, como conjunção conjuntiva já não existe. Use apenas “no entanto” ou, então, “entretanto”: Os professores trabalham muito, no entanto ganhou miséria; O governo sabe disso, entretanto finge que não sabe.

Ir a algum lugar
Alguém pode pensar (achar) quem “Vou a Roma” é possível subentender a palavra “cidade”, o que justificaria o acento indicador de crase. Não é possível isso. Se fosse, você certamente já teria ouvido alguém dizer que o fato ocorreu “na Roma” ou que saiu “da Roma” debaixo de chuva. Se não se diz “na Roma”, “da Roma” ou “pela Roma”, ou seja, se não se subtende a palavra “cidade”, nesses casos, por que é que se vai subentendê-la única e exclusivamente quando se usar o verbo “ir”.

Ele bateu o récorde ou o recorde?
A correta pronúncia do vocábulo em questão é recorde (paroxítona). Caso a correta pronúncia fosse a vulgarizada, teríamos um vocábulo proparoxítono, o que obrigaria a presença de um acento agudo na antepenúltima sílaba (récorde). Diga sem temor: recorde (pronúncia: recórdi). Ex.: Ele bateu o recorde (recórdi). Embora muita gente boa diga equivocadamente “récorde”, recor, etc.

Mau-caráter
Mau-caráter (s.f) – Pessoa de má índole. O plural de mau-caráter é maus-caracteres (té). Grafa-se sem hífen em frases como: Ele é um indivíduo de mau caráter; Devido a seu mau caráter, foi afastado do emprego.

Eiffel x Eifel (Pronúncia)
Eiffel (Pronuncie “eifél”) – célebre torre de Paris. Rima com Nobel, Fidel, pastel. Eifel (Com um só “f”, pronuncie “êifel”, com tonicidade no primeiro “e”) – uma região da Alemanha.

Ao meu ver
Diga-se: A meu ver. Não existe artigo nessas expressões. Exs.: A meu ver; a seu ver; a nosso ver.
(*) Graduado em Letras Plenas, com Especialização em Língua Portuguesa e Literatura, na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). É, também, funcionário do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Sobral (CE). Contatos: (88) 99868-2517.

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