Dom Vasconcelos preside celebração à Nossa Senhora do Carmo
Na ocasião, foram homenageados os profissionais da saúde, motoristas de carros fúnebres, profissionais da segurança, coveiros, garis e os demais trabalhadores relacionados à luta diária instalada pelo coronavírus
Na última quinta-feira (16) a igreja católica celebrou o dia de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da Ordem dos Carmelitas. No mesmo dia, o bispo Dom Vasconcelos presidiu a solene celebração eucarística, acompanhado pelo padre Lucione Queiroz e padre Herlandino, na igreja Catedral da Sé.
Na ocasião, foram homenageados os profissionais da saúde, motoristas de carros fúnebres, profissionais da segurança, coveiros, garis e os demais trabalhadores relacionados à luta diária instalada pelo coronavírus. Esteve presente na catedral, um representante de cada profissão envolvida, seguindo o distanciamento aconselhado pelas autoridades sanitárias. Em seguida, o padre Lucione iniciou a celebração em honra de Maria, a mãe de Jesus, em seus diversos títulos de veneração.
Dom Vasconcelos mencionou a alegria em retornar a casa da mãe de Jesus e festejar a Virgem do Monte Carmelo, Nossa Senhora do Carmo.
Em homilia, o bispo falou sobre o Monte Carmelo, de onde se enxerga o Mar Mediterrâneo, citado na sagrada escritura, e testemunho do duelo espiritual de profetas. “Ele foi procurado por alguns eremitas, monges eremitas que queriam viver anos de solidão mas uma vida de comunhão com Deus. E ali iniciaram a devoção por Nossa Senhora do Monte Carmelo”, explica.
Dom Vasconcelos refletiu sobre a busca do monte como a procura de um lugar elevado e um encontro com Deus na vida. Citando santos carmelitas que fizeram a trajetória até o Monte Carmelo. “Como é que nós pudemos subir ao monte?”, questionou o bispo diocesano, contando a experiência do profeta Elias. “É necessário, em primeiro lugar, abrir os ouvidos para escutar Deus. Na montanha, Elias fez uma experiência de Deus. Ele descobriu que Deus não estava em uma ventania, que Deus não estava presente em um terremoto, ele não encontrou Deus no fogo abrasador. Ele encontrou Deus em uma brisa suave”, pontuou Dom Vasconcelos.
Ele também falou sobre a palavra de Deus e suas provocações, dando exemplo de Maria santíssima que abriu seu coração para a palavra do Senhor. “Eis aqui a serva do senhor, faça de mim segundo a tua palavra. E a partir daquele momento, o verbo de Deus, a palavra de Deus, se encarnou no ventre puríssimo da Virgem Maria”. disse.
Segundo o bispo diocesano, é preciso usar o silêncio para escutar a palavra. “Eu conheço pessoas que não suportam o silêncio, que se inquietam durante o silêncio. Eu admiro muito as monjas, as carmelitas, os monges, os carmelitas, aqueles que fazem uma opção de silenciar, de passar a maior parte do tempo no silêncio. No silêncio, Deus fala mais alto. É necessário saber ouvir. Tem gente que não sabe escutar, tem gente que até para dormir liga o rádio e fica inquieto quando chega em um lugar silencioso […] É necessário purificar os ouvidos, purificar a mente, purificar o coração e saber escutar. Bem aventurado aquele que ouve a palavra de Deus, mas não apenas ouve, primeiro ouve, depois põe em prática. Quantas vezes Deus fala de diversas formas, de diversos modos e nós não percebemos a sua voz? Que Nossa Senhora do Carmo, cuja festa hoje celebramos com tanta solenidade interceda por nós”.
Dom Vasconcelos desejou que nesse período de pandemia, o entretenimento seja de uma leitura da palavra de Deus, acompanhado de uma reflexão profunda da palavra da sagrada escritura.
“Também as nossas orações por todos os irmãos e irmãs recuperados dessa Covid-19 que retornaram para suas casas ou aqueles que nem chegaram a ir para o hospital mas foram curados”, dedicou o Pe. Lucione Queiroz.
Por Priscila Duarte