São João Batista, o santo de devoção do catolicismo popular!

Francisco Silas Lopes Simão/ Historiador
Já se aproxima o mês de junho, mês dedicado a festa em honra ao nascimento de São João Batista, que celebramos as festas a Santo Antônio, São Pedro e São Paulo. Junho é marcado pelas festas juninas, festas de caráter popular que marcam a identidade do povo que a festejam, momento de rupturas e quebra do cotidiano, buscando um pertencimento e sentido de vida no contato com o sagrado dentro dos aspectos do espaço e tempo.
Em nossa diocese, Diocese de Sobral, três paróquias celebram o nascimento de São João Batista e tem o santo por padroeiro, são elas: Paróquia de São João Batista em Pacujá-CE, Paróquia São João Batista em Aranaú e Paróquia São João Batista em Celsolândia, estas duas últimas distritos de Acaraú-CE.
Período marcado pelo catolicismo popular devocional penetrado nas terras brasileiras e que se construiu e desenvolveu-se ao longo do tempo sobre a figura dos santos protetores trazidos pela colonização portuguesa.
Através de textos não se percebe dificuldade em estabelecer a fé e os festejos de São João batista aqui no Brasil, cultura religiosa muita antiga e popular na península ibérica, já havendo registros desde os primeiros tempos da colonização no território da Bahia. Sobre isso, Riolando Azzi (2002, p.174) diz que “os documentos do Santo Ofício comprovam a popularidade de São João Batista em fins do século XVI”
Rui Manuel Gomes Ferreira (2013) a partir dos seus estudos, nos diz que São João Batista é considerado uma das principais figuras do cristianismo por ter sido o precursor do messias, na perspectiva bíblica veio para aplainar o caminho do messias, o Cristo, e devido essas características ganhou muita devoção no início do cristianismo e é um dos santos mais celebrado na Igreja Católica.
No Evangelho de São Mateus São João Batista é nos apresentado como o maior entre todos os nascidos de mulher. As festas juninas são marcadas por procissões conduzindo o pau da bandeira e hasteamento, novenas, terços, peregrinações de imagens ornadas nos andores.
Há quem diga que não haveria vida feliz se não houvesse festa junina, que seria um ano perdido se não participasse de uma festa junina, sabemos que ainda este ano devido a pandemia da COVID-19 ainda vivenciaremos uma festa junina sem aglomerações, sem tanta participação e animação popular, mas com as celebrações eucarísticas e novenas em honra ao santo popular.
Portanto, desse modo as festas juninas são verdadeiras práticas de sociabilidades, que buscam dentro da festa do santo uma congregação entre as famílias, da renovação da amizade, de tradição, de cultura, de devoção.
São João Batista, intercedei por nós !



