Poucas e Boas

SANTA INOCÊNCIA
Foi-se o tempo em que se podia atribuir esse chavão àqueles “anjinhos” que nos causam inveja pelo frescor dos seus verdes anos. Essa “santa inocência” vem diminuindo tão rapidamente a ponto de já se pode pensar na sua iminente e completa extinção. Paradoxalmente, muitas vezes esse atributo torna-se mais pertinente a nós (adultos) do que a elas (crianças). Senão vejamos:
Nesta semana recebi a visita de um amigo de outro Estado, o que me gratificou muito. Colocamos o papo em dia e, com isso, tristeza e alegria se misturaram, mas a segunda prevaleceu.
A facilidade de navegar na internet fascinou imediatamente a filhinha de 9 anos daquele casal, que não encontrava facilidade para isso em sua cidade. Essa oportunidade de ganhar o mundo virtual obrigou aqueles pais a cederem à pressão da menininha que preferia ficar mais em casa a ir aos passeios. E ela insistia em permanecer por mais alguns dias em minha casa.
Por se tratar de apenas uma criança do interior e pelo fato de meu computador estar situado num local relativamente bem transitado pelos de casa, não tomei nenhuma providência técnica inibidora de possíveis passeios virtuais impróprios. Mas “foi aí que o véi dançou”, como diria Genival Lacerda.
Segundo minha mulher, era de estranhar o susto da garota quando alguém entrava ou mesmo passava perto do meu escritório. Quando isso acontecia, a jovem, imediata e atrapalhadamente, mudava de página de pesquisa. Isso me deixou de orelha em pé.
Num momento de ausência da garota, bastou que eu fizesse uma rápida análise no histórico do computador, nas páginas visitadas, para eu constatar que a pequena internauta havia visitado inúmeros sites pornográficos e outros de leitura inapropriada para pessoas da sua idade. E o mal menor: empanturrou de vírus meu computador.
Com muito cuidado, carinho, sem broncas e preocupação paternal procurei inteirar a garota sobre os malefícios daquela prática, bem como sobre o objetivo daqueles que oferecem tal serviço (pornografia na rede); orientei-a a não reincidir, cientificando-lhe de que é muito fácil se detectar o malfeito. Informei-lhe, ainda, que isso se constitui num mau uso da moderna tecnologia e a incentivei a não deixar de se aproveitar desse moderno e útil instrumento (internet), uma vez que muita coisa boa ela tem a nos oferecer. Bastaria procurar.
Aquilo não poderia ficar apenas sob meu conhecimento, mas não deixar seus pais a par seria o menos aconselhável, apesar do pedido de silencio da pequena. Quanto à comunicação aos pais, estudei uma boa estratégia, pois como bem conheço os pais, sem uma preparação a reação será a pior possível. Fatalmente poderiam criar um problema bem pior.
Com muito cuidado, dei conhecimento do ocorrido aos pais na ocasião apropriada. Sugeri algumas medidas a serem adotadas, especialmente que fizesse com que a filha confiasse neles, que os respeitassem, que não os temesse e que os visse como seus melhores amigos e mestres. Com insistência, exigi que aqueles pais tratassem o caso com calma, carinho, sem aspereza.
E assim foi feito; o resultado foi o melhor possível. Tudo isso para minha alegria e para o bem daquela pequena internauta. E, mesmo passados alguns anos, aqui e acolá, já adulta ainda me agradece a forma equilibrada com que conduzi tão delicado problema.
AGORA, PERGUNTO: Estará você, meu caro leitor, também como eu, e como o pai da garotinha acima mencionada, viajando numa santa inocência, enquanto o seu filho (a) ou o seu visitante faz perigosas viagens diabólicas no seu computador ou no dos outros? E agora, que ficou mais complicado, dada a portabilidade de um celular ou tablete? Você sabia que a tecnologia também oferece meios para inibir o internauta desses passeios virtuais perigosos?
Se você é daqueles que se preocupam em apenas dotar seu lar da atual excelência tecnológica para se “livrar” dos filhos, mas não acompanha quem dela faz uso, fique certo: qualquer dia você poderá ser surpreendido da mesma forma como fui. Pense nisso! E aja antes que seja tarde demais.
Baixa da água
É nisso em que se transforma, em todo inverno, o finalzinho da Rua Cel. Antônio Mendes Carneiro, área nobre do centro de Sobral. Imóveis alagados de ponta a ponta; móveis e veículos danificados; trânsito interrompido – um verdadeiro caos, que acarreta muitos prejuízos aos moradores. Ficou nublado, instala-se a preocupação e o temor.
Inventa outra!
Entra prefeito, sai prefeito, amontoam-se as reclamações, mas a situação se repete anualmente. E quem deveria solucionar o problema sempre joga a culpa no inverno forte. Nada disso! Sistema de esgoto e saneamento é que são deficientes
Baixa da égua
Cansados e irritados de tanto cobrar providência e não vislumbrar solução, alguns moradores continuam implorando às autoridades a irem à Baixa da Égua em dia de chuva. EM TEMPO: Baixa da Égua era esse o antigo nome daquele trecho, haja vista éguas e outros animais encontrarem naquela baixa pasto verdinho e abundante.
DOMINGO NA EDUCADORA AM 950 – SOBRAL-CE
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Neste domingo, das 10h30 às 12h30, PROGRAMA ARTEMÍSIO DA COSTA, na Rádio Educadora de Sobral AM 950, logo após “A Voz de Hosanam” (Marciley Sales). Acompanhe notícias, reportagens, entrevistas, curiosidades e música de boa qualidade. Participe: 3611-1550 // 3611-2496 // Facebook: Artemísio da Costa.



