Eliminação de barreiras arquitetónicas continuará sendo uma das pautas permanentes aqui, no jornal e no rádio, até porque também sou vítima desse flagrante desrespeito às pessoas e às leis. Uma simples busca em edições do Correio da Semana de décadas passadas comprova-se nosso repúdio e nossa denúncia.

Alegrar-me-ei no dia em que for obrigado a não mais tocar nesse assunto. Será, então, prova de que estará tudo dentro dos “conformes”, ou melhor, em consonância com a lei.

É inegável que, nos últimos anos, o município tem adotado providências para eliminar esse problema, mas ainda há muito por realizar no que concerne também à acessibilidade no sentido mais amplo: acesso ao trabalho, à aquisição de bens, ao atendimento prioritário, etc.

Por conta de ações do Executivo Sobral já tem avançado no que se refere à diminuição de barreiras e à facilitação de acessos para pessoas com deficiência física. Só que, em alguns casos, a falta de mais sensibilidade ou de mais conhecimento da causa ou de mais empenho de quem tem a responsabilidade de promover melhor acessibilidade não logra bom êxito e, assim, o problema não é solucionado.

Esse fato se observa na falta de facilitação do acesso de pessoas com problemas de mobilidade, problemas visuais e idosos a prédios como, no caso deste município, Museu Dom José, Colégio Sant´Ana, igreja Menino Deus, dentre muitos outros. Basta analisar a ampla reforma feita na Igreja Menino Deus, entregue à população na sexta-feira (4). Não obstante o embelezamento do templo, permaneceu a mesma dificuldade de acesso. E mais: uma iluminação que deixa muito a desejar.

Ficou assim: O fiel católico com dificuldade de locomoção é barrado nos batentes das portas principal e laterais. E, se tentar assistir à missa de lá, a fraca iluminação não possibilita nem enxergar o celebrante. E haja fé!

Vale lembrar que, em 1999, ocorreu o tombamento oficial pelo IPHAN do conjunto arquitetônico e urbanístico de Sobral (CE). A medida abrange uma área que se estende da margem do Rio Acaraú à Rua Coronel Mont´Alverne, onde estão inúmeros imóveis e espaços públicos. Decorrente disso, nasceu uma “desculpa” nada plausível para a falta de providências visando à quebra de barreiras arquitetônicas em alguns imóveis

“As estruturas de prédios tombados não podem ser modificadas”. É o que argumentam ser a justificativa do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a de quem nada sabe sobre direito à acessibilidade facilitada. Existe contrassenso maior?

Causa espanto também o desconhecimento desses “guardiões do patrimônio” a respeito dos recursos hoje oferecidos pela arquitetura, pela engenharia e pela moderna tecnologia.

Será que acham que a lei que tombou tais imóveis pode ficar acima da (lei) que facilita a locomoção de pessoas ou que as protege de tombos?

Se realmente acham, esses “gênios” merecem ser tombados como monumentos à ignorância e ao desrespeito aos direitos humanos. Você concorda?

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Sem palavra
Quando um político muda de opinião, seus partidários, subservientes e puxa-sacos justificam com a batida frase: “a política é dinâmica”. Quando a mudança ocorre da parte de um adversário, trata-se de “homem sem palavra”. Mas sabem quem é mesmo que deveria ficar sem palavra? O puxa-sacos. Deveria ficar mudo e inerte. E sempre.

Sucesso total
Com muito sucesso escolas de vários estados vêm investindo na implantação de um cardápio saudável para seus alunos, bem como os estimulando a aprender sobre a composição nutricional dos alimentos e os perigos de uma alimentação rica em gorduras. Ocuparam-se, também, em instituir um padrão de qualidade dos produtos vendidos no local e os dias em que todos os alunos deveriam trazer frutas. Por que não por aqui também? Um começo já existe, que é a utilização do mel na merenda escolar. Imitar o que é bom é sinal de inteligência.

Malandragem não tem idade
Há alguns anos eu comentava com uma mãe sobre a importância e necessidade de as escolas colaborarem no estímulo à alimentação saudável. Ela me contou algo que provavelmente deve acontecer também a muitas outras bem intencionadas mamães. Segundo ela, só depois de adulto o filho confessou-lhe que todo dia jogava fora a fruta que era colocada na bolsa para a hora da merenda. Motivo, segundo o garoto: Vergonha dos coleguinhas. Pra mim, falta de esclarecimento sobre alimentação saudável e seu consequente incentivo por parte das escolas.

Pérolas do Rádio
Numa infeliz inversão, disse um comentarista esportivo: “No vestuário, os atletas trocaram rapidamente o vestiário”. Evitaria tamanha confusão se aprendesse que VESTUÁRIO é roupa, traje; VESTIÁRIO é o nome do local onde se troca essa roupa ou esse traje.

PIXINGUINHA, UM HOMEM CARINHOSO
É um filme sobra a vida e obra maestro, arranjador, compositor, flautista e saxofonista Alfredo da Rocha Vianna Filho (1897-1973). No youtube: https://www.youtube.com/watch?v=6_EuKI-6dg8

DOMINGO NA EDUCADORA AM 950 – SOBRAL-CE
https://www.radios.com.br/play/12869
Neste domingo, das 10h30 às 12h30, PROGRAMA ARTEMÍSIO DA COSTA, na Rádio Educadora de Sobral AM 950, logo após “A Voz de Hosanam” (Marciley Sales). Acompanhe notícias, reportagens, entrevistas, curiosidades e música de boa qualidade. Participe: 3611-1550 // 3611-2496 // Facebook: Artemísio da Costa.
LEIA, CRITIQUE E SUGIRA
artemisiodacosta@hotmail.com (88) 98856-8224

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