CENIPA divulga relatório sobre a morte da Cantora Marília Mendonça
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), apresentou nesta segunda-feira (15) os resultados da investigação sobre o acidente de avião que matou a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas em novembro de 2019, no interior de Minas Gerais. A apuração foi divulgada primeiro aos familiares e será publicada no site do Cenipa. O órgão entendeu que não houve por parte das decisões do piloto Geraldo Medeiros Júnior nenhum erro e nem falha mecânica, e indicará melhor sinalização do cabo de transmissão no qual o bimotor bateu.
“Segundo o documento, as decisões por parte do piloto não demonstram erro”, disse o advogado da família da cantora, Robson Cunha, à imprensa ao deixar o órgão em Brasília. O principal ponto do relatório era indicar se houve ou não falha mecânica na aeronave, um bimotor turboélice Beechcraft King Air C90 PT-ONJ. A família de Marília optou por não estar presenta à reunião, em Brasília. O relatório não aponta culpados ou responsáveis.
SINALIZAÇÃO DE CABOS
Cunha ressaltou que falta ainda o fim do inquérito da Polícia Civil e explicou que os objetivos do relatório. “O Cenipa não aponta culpados nem responsáveis, ele aponta fatores que foram passíveis de retificações a partir de agora para que situações como essa não voltem a acontecer”, explicou.
“Uma dessas orientações do Cenipa a partir de então é que haja identificação naqueles cabos. Então a partir desse evento que aconteceu com a Marília e os demais, no acidente, eles entendem como uma orientação para que a Cemig faça a identificação daqueles cabos”, continuou. “O que ficou claro é que a aeronave não teve nenhuma falha mecânica e as opções e as decisões tomadas pelo piloto na ocasião não foram tidas como irregulares. Ainda que tenha mudado o plano de voo estava dentro do que é possibilidade do piloto”, ressaltou.
Cunha explicou que o relatório aborda todos os elementos que incorreram para o acidente e um desses elementos era o cabo. “O obstáculo hoje se mostra como preponderante para o acidente. O que a gente tem que entender é se esse obstáculo deveria ou não ter sido identificado”, completou.
Por Márcio Gomes (Redação Jornal Correio da Semana)