EDUCAÇÃO E CIDADANIA •

O Que é o Sofrimento
O sofrimento é um estado de aflição, uma experiência desagradável que pode ser física (dor, causada por lesões, doenças) ou moral (tristeza, angústia, perda, mágoa, decepção, sensação de culpa) ou ainda espiritual (angústia existencial, sentimento de vazio ou falta de propósito).
O sofrimento pode ter diferentes funções, como aprendizado: pode ser uma oportunidade de crescimento pessoal, desenvolvimento de resiliência e fortalecimento do caráter; reflexão: pode levar a pessoa a questionar a vida, a buscar significado e a encontrar um novo propósito; e desenvolvimento: O sofrimento pode ajudar a pessoa a desenvolver habilidades de enfrentamento, autoconhecimento e empatia.
O sofrimento é uma parte inerente da experiência humana e pode ser interpretado de diferentes formas, dependendo da perspectiva individual e cultural.
O sofrimento espiritual acontece quando uma pessoa se sente angustiada ou desconectada do seu significado, propósito, ou conexão com algo maior do que si mesma. Pode ser desencadeado por perda, dor, ansiedade, depressão, crise de fé, ou rompimento de relacionamentos. A dificuldade em encontrar paz, conforto, força ou conexão na vida também contribui para a angústia espiritual. (IA).
O sofrimento não faz parte do plano divino e o caminho mais curto para superá-lo é compreender seu sentido e sua função. De fato, a dor tem um significado espiritual, um encargo moral e também um trabalho a realizar em nossas células físicas. Mas, mesmo reconhecendo isso, devemos saber que nossa alma e o próprio universo não têm o propósito de nos fazer sofrer. Paradoxalmente, entretanto, o plano maior utiliza o sofrimento para o nosso bem.
A causa do sofrimento encontra-se no próprio ser e, em princípio, decorre da sua resistência à transformação. Assim tem sido utilizado pelas forças do destino como um meio de amadurecimento da consciência e, quando ela não se eleva, movida pela razão, pela intuição ou pelos conhecimentos que já adquiriu, esse pode contribuir, eventualmente, para um despertar.
Há milênios um mestre, Buda, revelou que o sofrimento é produto do desejo. Nós o engendramos ao querer coisas, ao nos envolvermos emocional e mentalmente com algo ou com alguém e ao fazermos experiências sem motivo nobre e universal.
Por estar muito centrada em si mesma, a pessoa pouco se interessa pela evolução do universo. Dessa recusa e da ignorância básica de que há uma única vida que a tudo anima, advém o sofrimento. Contudo, se canalizarmos os desejos para objetivos cada vez mais amplos e elevados, podemos mudar essa situação.
A purificação ou o refinamento dos anseios, cobiças ou apetites se dá por etapas. Podemos começar pelo desapego das coisas materiais e, a seguir, das ligações afetivas, e, por fim, dos preconceitos e esquemas mentais. Compreendemos então que ideias, tendências e pretensões equivocadas retêm o fluir da vida ou nos desviam do curso correto, distanciando-nos das leis universais.
Cada tipo de sofrimento tem sua função. Se o padecimento é de natureza moral, ele forja e edifica o caráter – e pode-se dizer que todos os que têm caráter adquiriram-no vivendo diferentes gradações desse tipo de infortúnio, pois durante a experiência temos possibilidade de fazer opções importantes para o caminho espiritual.
Mas, se o sofrimento é de natureza física, quase sempre quer nos mostrar o que devemos mudar em nossa vida. Como os demais, esse tipo de sofrimento é sempre proporcional à capacidade de suportá-lo, ainda que, em alguns casos, acrescentamos-lhe lamentações e a rejeição das provas. Com esse aumento, pode-se torná-lo excessivamente pesado. (otempo.com.br).
Prof. Salmito Campos – (jornalista e radialista).



