EDUCAÇÃO E CIDADANIA •

Tocando em Frente
Apesar de que nem tudo que encontramos na mídia nos interessa, de vez em quando descobrimos coisas boas. Pois bem! Estava eu olhando algumas postagens no Facebook, Instagram, YouTube, WhatsApp, enfim, vasculhando algo no meu celular. E, de repente, me deparo com uma mensagem valiosíssima que resolvi colocá-la nessa coluna que tenho no Correio da Semana. A mensagem veio num vídeo assinada por @vitorluz.maracas. Veja a seguir e se deleite.
“Tocando em Frente, a canção da vida. Algumas músicas não são apenas canções, são poesias que traduzem a alma humana. E foi em 1990, no Álbum Sul de Minas, que Almir Sater e Renato Teixeira nos presentearam com uma das maiores obras da música brasileira: Tocando em Frente.
Desde então, essa canção tem atravessado gerações, tocando corações, inspirando vidas, trazendo conforto e reflexão. Mas o que faz essa música ser tão especial? O que há por trás de cada verso?
Almir Sater não apenas canta, ele nos convida a uma jornada de autoconhecimento, a um olhar mais profundo sobre a vida quando ele diz: “Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais”. Ele fala sobre maturidade, sobre como no início da vida, corremos, nos afobamos, queremos tudo para ontem, mas com o tempo aprendemos que a pressa rouba a beleza do caminho.
O sorriso que carregamos hoje é fruto das lágrimas que já derramamos, das dores que nos moldaram. Então ele segue: “Hoje me sinto mais forte, mais feliz, quem sabe”. Aqui ele reconhece que a felicidade vem com o tempo, com as batalhas vencidas, mas também com a aceitação de que nem tudo está sob o nosso controle.
A vida tem seus mistérios, suas incertezas e aprender a conviver com isso nos torna mais fortes. E o que ele quer dizer com: “Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, nada sei”. Esse é um dos versos mais profundos da canção, porque a verdadeira sabedoria está em reconhecer que sempre há algo a aprender.
Quanto mais vivemos, mais percebemos o quanto ainda não sabemos. Depois a música nos ensina algo essencial: “Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs”. Aqui ele nos fala sobre sentir a vida. As manhas são os desafios, os momentos difíceis, as lições que aprendemos no dia a dia. As manhãs são os recomeços, os dias claros que surgem depois da tempestade. E as massas e as maçãs são os pequenos prazeres, o gosto da comida, o cheiro da terra, a simplicidade das coisas que realmente importam.
Então ele nos entrega um ensinamento precioso: “É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir”. Nada floresce sem amor, nada cresce sem paz e as dificuldades da vida, elas vêm como a chuva, ás vezes, assustam, às vezes parecem demais, mas são elas que fazem a vida renascer, são as dores que nos fazem evoluir, que nos tornam mais fortes.
E aí, Almir Sater nos dá um conselho valioso: “Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha e ir tocando em frente”. O que ele quer nos dizer aqui? Que a vida não é sobre correr sem destino, mas sobre entender o seu próprio ritmo. Aceitar os altos e baixos e seguir com fé. Porque cada um tem seu tempo, sua história, sua caminhada. Então ele nos lembra de algo essencial: “Cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz”.
Aqui ele nos mostra que ninguém pode viver a nossa vida por nós, que cada escolha, cada passo, cada sonho, tudo faz parte da nossa própria história. E que dentro de cada um de nós existe força, coragem, capacidade e um caminho único para a felicidade.
No fim, “Tocando em Frente” não é apenas uma música. É um lembrete de que a vida deve ser vivida com calma, com gratidão, com aceitação. E a maior lição que Almir Sater e Renato Teixeira nos deixam é essa: não tenha pressa, não se desespere, não tema a chuva, apenas compreenda a marcha da vida e siga sempre “tocando em frente”. (@vitorluz.maracas).
Prof. Salmito Campos – (jornalista e radialista).



