De Olho na Língua

Acumpuntura ou acupuntura?
A grafia correta desta palavra é acupuntura. O termo acupuntura vem do Latim, sendo a junção de “acus” (agulha) e “punctum” (perfurar, puncionar) e significa a prática de inserir agulhas em pontos específicos do corpo para estimular a energia vital e aliviar dores e outras condições de saúde. Essa técnica milenar é originária da medicina tradicional chinesa. OBS.: A pronúncia é acupuntura (sem nasalação na sílaba “acu”).
Coincidência ou conincidência?
A grafia correta do termo é coincidência, sem a consoante “n” depois de “co”. Veja a divisão silábica da palavra: co-in-ci-dên-cia.
Herpes zoster
Do Grego “herpes” (doença da pele) e “zoster” (cinturão, faixa). Esse é o nome daquela dermatose que, na linguagem popular, se diz “cobreiro”, por se afigurar ao povo que ela seja produzida pelo contato da roupa sobre a qual tem passado alguma cobra. Nota: na linguagem culta o correto é dizer cobrelo, e não cobreiro.
O dengue ou o dengo?
Ambas corretas. O dengue ou dengo significa o trejeito sensual, a faceirice, a afetação. Ex.: O dengue (ou dengo) dela o fascinou. Nota: É também a mania ou a choradeira de uma criança. Ex.: Ainda está fazendo o seu dengue (dengo).
A dengue (doença)
Quanto à doença virótica semelhante à equipe transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti (indesejável no Egito), a maior parte da biografia considera uma palavra do gênero feminino.
Bufête (ê)
Com “u” é o aportuguesamento do termo francês “buffet”. Também se usa a forma bifê.
“Teresinha, vulgo Rainha da Sucata”, ou “Teresinha, vulga Rainha da Sucata”?
A forma correta é: “Teresinha, vulgo Rainha da Sucata”. Vulgo, nesse caso, fica sempre com masculino. Não é um adjetivo; é um advérbio. Significa vulgarmente, popularmente. Ex.: Teresinha, vulgo Rainha da Sucata (= Terezinha, vulgarmente conhecida como Rainha da Sucata).
Subsídio X Subzídio
A palavra correta é subsídio (a letra “s” é sibilante). A letra “s” colocada entre a letra “b” e uma vogal tem som de “c”. Ex.: subsolo (ço), subsecretaria (ço), subsistência (ci), subsistema (ci), subsídio (ci). Exceção: apenas nas palavras obséquio e suas derivadas o “s” tem som de “z”.
Freada
Apesar de dizermos freio, o ato de usá-lo, especialmente numa emergência, chama-se freada. Ex.: O obstáculo levou o motorista a dar uma enorme freada. Freiada será um conjunto de freis (ê).
Sogros (Sôgros)
Só pronunciaremos “sogrus” quando se tratar do homem e da mulher juntos. O plural com “o” fechado se usa em referência aos homens.
Zângão ou Zangão?
Zangão (Zângão) é o macho da abelha.
Santa Efigênia ou Santa Ifigênia?
O Dicionário Onomatopaico e Etimológico de José Pedro Machado acolhe as formas Ifigênia e Efigênia. Sobre a segunda forma (Efigênia) diz que se trata de grafia incerta, inexata, mas corrente na Língua. Trata-se de um nome de origem grega (Iphigenia), que passou ao Português por intermédio do Latim (Iphigenia) e que significa “nascida forte”. É o nome de uma figura da mitologia grega. OBS.: Os bons manuais de Gramática e Redação recomendam a grafia “Ifigênia”.
Moleta ou Muleta?
Moleta é pedra de moinho. Já muleta é o bastão que as pessoas usam quando estão com deficiência nas pernas.
(*) Professor Antônio da Costa é graduado em Letras Plenas, com Especialização em Língua Portuguesa e Literatura, na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Contatos: (088) 99373-7724.



