Já estamos às vésperas do mês de Novembro, mês que se inicia com a celebração de todos os santos e santas de Deus. E celebrá-los todos em um único dia é recordar a vocação à santidade para a qual nós cristãos somos chamados.
Tal veneração e recordação da vida dos santos vêm desde a Igreja primitiva, a começar pelos mártires, que testemunhavam a fé em Jesus Cristo a tal ponto de derramarem o próprio sangue. Os primeiros cristãos passavam a tê-los como um exemplo a ser imitado naquelas realidades tão duras de martírio e perseguição constantes.
Ao longo dos séculos, não foram poucos os cristãos que a Igreja, em sua sabedoria, quis chamar de SANTOS, e todos os dias vários deles são lembrados e festejados pelo povo. Eles formam hoje uma multidão incontável de pessoas que, em vida, souberam antecipar os encantos do Paraíso. Não nasceram santos, mas foram construindo a santidade no dia-a-dia.
São jovens, homens casados, mães de família, sacerdotes, religiosos, operários, patrões, empregados, militares… Cada um com estilo próprio de vida, inseridos em diferentes contextos históricos e sociais, mas mostram que todos os cristãos, de qualquer tempo e lugar, são chamados à santidade. Todos eles apontam não para si, mas para Aquele que os fez santos: Jesus de Nazaré.
Quem tem a curiosidade de conhecer a vida dos santos pode testemunhar que muitos deles não possuem feitos extraordinários, mas todos buscaram encarnar o Evangelho em suas vidas e são considerados os nossos “heróis” da fé, da esperança e da caridade.
Constantemente, a mídia cria a imagem de ídolos na música, no esporte e no cinema, promovendo o mundo dos famosos. Paralelo a esse fato, existe uma carência de sólidas referências na sociedade, inundada de corrupção. Surgem, então, verdadeiras referências para o nosso agir moral na figura dos santos, que marcam profundamente o ontem e o hoje da Igreja. Neste mundo escurecido pelo pecado, devemos olhar para o Alto e contemplar esses luzeiros que brilham no firmamento como uma bela e reluzente constelação.
Celebrar a Festa de todos os Santos é ter a certeza de que a Igreja triunfante do céu roga, constantemente, pela Igreja militante sobre a terra. E ambas são a mesma Igreja de Deus!
Vale salientar também que os santos despertam fascínio para além das fronteiras da religião. O famoso escritor italiano Franz Coriasco, apesar do seu agnosticismo, é um profundo admirador da vida destes homens e mulheres exemplares. Ele diz que “os santos quase sempre sabem estar um passo mais à frente do Tempo e da História, mesmo vivendo plenamente imersos neles; são capazes de atravessar os tempos e as modas, as fronteiras e as culturas com fascínio intacto”.
Todos os Santos e Santas de Deus, rogai por nós!

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