AS QUESTÕES POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL

O Brasil sempre explodiu nas manchetes de meio mundo como detentor de uma das maiores desigualdades sociais. O antropólogo Darcy Ribeiro dizia, o Brasil carrega uma perversidade intrínseca na sua herança escravista, que torna nossa classe dominante enferma de descaso e de desigualdade.
Para questionar essa questão política social no Brasil, não precisamos invocar inúmeros fundamentos dos processos políticos aos pés das análises de suas causas, como nos mostra: “A Queda do Império Romano do Ocidente,” tal como o Edward Gibbon descreve os eventos históricos em termos de sociedade, cultura e política, como fatores que causaram a decadência do império. Outro exemplo conhecido é as críticas de Schmitt e de Hegel ao liberalismo que, ambos ressaltam o valor positivo do Estado e criticam a negação política social operada pelo liberalismo. Enfim, basta lembrar o que aconteceu e o que está acontecendo nas rotinas das crises sociais. Citemos uma: as tentativas indesejáveis do neoliberalismo na política brasileira.
Portanto, para entender esse tabuleiro das crises sociais no Brasil, precisamos apenas invocar o mito da Nova República, o Brasil saindo da herança do regime militar para a democracia, com a restauração das liberdades políticas, instituindo a liberdade de imprensa, de expressão e do pensamento. Mas deixando as armadilhas do neoliberalismo é evidenciada pela concentração de renda, a que se refere a esquerda.
Vamos lembrar uma reportagem, ao falar sobre um pobre menino internado com leucemia no Hospital Sara Kubitscheck. Quando o então presidente da República José Sarney, no final do seu governo, visitou a criança no seu pequeno leito de enferma terminal, assumindo ares de sua pobreza, o menino lhe pediu que comprasse para o seu velho pai uma carroça e um burro.
A recente crise de Hoje se traduz numa enxurrada de autoritarismo, com alguns repiques temperados do negativismo, são mais de vinte milhões de brasileiros pedindo carroças e burros, miseravelmente para não morrer de fome. E o pior, é acreditar que as empresas públicas sejam do público. Só seriam se o público tivesse alguma voz nas instituições públicas por meio do Estado Democrático.
Veja a realidade, como acontece com o povo brasileiro, como: as queimadas na Amazônia, o Estado partiu para um ataque aos índios. Aqueles que foram o povo mais massacrado e esmagado no Brasil, tendo sido reduzidos a uma ínfima parte do que eram antes da colonização, por meio de armas com as quais não tinham e não tem a mínima chance de competir. Agora, seriam a grande ameaça para a soberania nacional. Ora, os bolsonaristas devem estar abusando dos remédios, não se dão conta de que os índios são a comunidade com a menor participação no poder político do país e estão armados de facões contra o latifúndio do capitalismo.
O motivo é óbvio, os índios e os trabalhadores rurais, são obstáculos humanos no meio do caminho dos capitalistas ávidos dos lucros exorbitantes que a Amazônia pode proporcionar. Para atingir esse objetivo, não se importam em promover um massacre de grande proporção contra os índios e os camponeses pobres que moram na região amazônica. E o pior, pela política, impulsionada pelo governo, que muitas vezes, alguns mercenários do judiciário atribuem os conflitos aos camponeses, índios e todo o povo pobre.
Mas como o povo tem a sua evolução, as eleições municipais deixam bem visível. O povo brasileiro está cansado de elitismo, do neoliberalismo e da rachadinha. Este cansaço se manifestou nas eleições municipais, de um operário, um índio, um militar e um sacerdote, todos eles querem uma democracia, para chegar uma sociedade mais justa, que os novos líderes políticos leiam os livros de Leonardo Boff e de Frei Betto.



