IMIGRANTE / EMIGRANTE / MIGRANTE
Todos sabemos que o Brasil é um país de imigrantes. Por quê? Porque para cá vieram pessoas de muitos lugares do planeta. Ao entrarem aqui, esses estrangeiros são imigrantes. Mas, ao saírem de seus países, são emigrantes. E nas duas situações são migrantes. Entendeu? Vamos lá:
É migrante qualquer pessoa que migra, ou seja, que se desloca, que muda de lugar. Quando sai, é emigrante; quando entra é imigrante. Assim, para nós, brasileiros, que vamos para os Estados Unidos, somos considerados imigrantes em relação ao Brasil; em relação aos Estados Unidos, somos considerados emigrantes.
Em resumo: Emigrar – deixar um país para estabelecer-se em outro; Imigrar – entrar em um país para aí se estabelecer. Emigrar – sair da pátria; Imigrar – entrar num país estranho para nele residir.

PERSONAGEM (GÊNERO)
O gênero da palavra personagem ainda não está firmado, encontrando-se tanto no masculino quanto no feminino. Etimologicamente, provindo de “personaticum” pode ser feminino; mas analogicamente, isto é, por pertencer, ao grupo dos nomes terminados em “agem”, foi primeiro masculino: O personagem, o viagem, o linguagem; passou depois ao feminino. Atualmente fazem a concordância de gênero siléptica, isto é, com o nome oculto a que se refere: O personagem, se se referir a homem: A personagem, se se referir a mulher. Eu, particularmente só emprego a palavra como feminino (a personagem, para ambos os sexos), pois, os gramáticos consideram o personagem, como francesismo.

O ANALFABETISMO É UM AGRAVANTE OU UMA AGRAVANTE?
O analfabetismo, assim como falta de respeito, será sempre uma agravante na formação de qualquer personalidade. A exemplo de atenuante, a palavra agravante é feminina, apesar de muita gente boa usá-la como masculina, o agravante, o atenuante, doravante use a atenuante, a agravante.

TAMPAR / TAPAR (QUAL A DIFERENÇA?)
Tampar é fechar usando tampa ou qualquer outra movediça própria. Assim, tampamos panelas, garrafas, bueiros, vidros de remédio, etc.
Tapar é fechar, encobrir, vedar, vendar, sem necessidade do uso de tampa. Desta forma, tapamos tudo o que tem tampa e o que não tem tampa: tapamos a boca, a orelha (antigo ouvido), os olhos, o nariz, um buraco qualquer. Numa propaganda de televisão, certa vez, recomendava-se um medicamento para desobstrução do nariz. Assim: Dormir com o nariz “tampado” é o maior sufoco. Desse jeito, francamente, não dá nem para dormir.

DEMAIS E DE MAIS (QUAL A DIFERENÇA?)
Demais (numa só palavra) é advérbio de intensidade (= em excesso): A ideia de Bruno era boa, mas havia papéis em demasia. “De mais” (o oposto de de menos) é expressão constituída por preposição e pronome indefinido ou por preposição e advérbio.

“DE MENOR”
Uma pessoa é maior ou menor. Assim: O assaltante era menor (e nunca “de menor”) ou o assaltante era maior (e nunca “de maior”). Pior ainda é usar “menor de idade” e “maior de idade”. Menor e maior já significam que a expressão se refere à idade.

(*) Professor Antônio da Costa é graduado em Letras Plenas, com Especialização em Língua Portuguesa e Literatura, na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Contatos: (088) 99373-7724

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