Desocupação avança no 3º trimestre de 2020 no Ceará

A taxa de desocupação do Ceará no 3º trimestre de 2020 foi de 14,1%, subindo 2 pontos percentuais em relação ao 2º trimestre de 2020 (12,1%). Na comparação com o mesmo trimestre de 2019 (11,3%), houve aumento de 2,8 p.p.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD As maiores taxas foram observadas na Bahia (20,7%), Sergipe (20,3%) e Alagoas (20,0%) e as menores em Santa Catarina (6,6%), Mato Grosso (9,9%) e Paraná (10,2%).
No 3º trimestre de 2020, a taxa composta de subutilização da força de trabalho
(percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 38,7% no Ceará. Alagoas (49,3%) apresentou a estimativa mais alta, seguido pelo Maranhão (47,1%) e Sergipe (46,3%). Por outro lado, os estados onde foram observadas as menores taxas foram: Santa Catarina (12,7%), Mato Grosso (18,7%) e Paraná (20,9%)
O número de desalentados foi de 376 mil pessoas de 14 anos ou mais. O percentual de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada) no 3º trimestre de 2020 foi de 11,4%, crescendo 1,9 p.p na comparação com o 2º trimestre de 2020 e crescendo 3,3 p.p em relação ao mesmo trimestre em 2019.
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada era de 59,2% do total
de empregados no setor privado do Ceará. Isso equivale a 757 mil pessoas com carteira assinada no setor privado, que no comparativo ao trimestre anterior sofreu uma redução de 5,6% e no comparativo com o mesmo trimestre de 2019, a queda foi de 19,4%. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (90,5%), Paraná (85,1%) e Rio Grande do Sul (84,3%); e os menores no Maranhão (51,3%), Pará (53,9%) e Piauí (54,1%).
Já entre os trabalhadores domésticos, 15,2% tinha carteira assinada, o que representa 28 mil pessoas. Também teve redução nesse indicador, tanto no compartivo ao trimestre anterior, de 12%, quanto ao mesmo trimestre do ano passado, de -21,5%.
O percentual da população ocupada no Ceará trabalhando por conta própria era de 30,4%. As unidades da federação com os maiores percentuais foram Amapá (35,8%), Maranhão (34,1%) e Amazonas (33,3%); e os menores estavam no Distrito Federal (20,8%), São Paulo (22,4%) e Mato Grosso do Sul (23,7%).
A taxa de informalidade ficou em 52,2% da população ocupada, a quinta maior do País. Entre as unidades da federação, as maiores taxas foram registradas no Pará (60,9%) e Maranhão (58,8%) e as menores em Santa Catarina (26,9%) e Distrito Federal (28,6%). Na comparação com o segundo trimestre de 2020, no número de empregados no setor privado, no trabalho doméstico e no setor público, ficou estatisticamente estável no terceiro trimestre. Juntos os três setores mencionados, perderam em números absolutos 67 mil trabalhadores. Na comparação o mesmo período de 2019, a PNAD Contínua aponta queda de 18,6%, o que corresponde a 439 mil menos empregados.
Oito dos dez agrupamentos de atividade mantêm estabilidade
A PNAD Contínua, do terceiro trimestre de 2020, mostra que no Ceará, dos dez agrupamentos de atividade, em oito a mão de obra se mantém estável, isso na comparação com o segundo trimestre deste ano, indicando que não houve a recuperação dos postos de trabalhos do período pré-pandemia. As outras duas atividades que apontaram quedas no número de trabalhadores foram o Alojamento e alimentação, com menos 71 mil trabalhadores, e a atividade de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com menos 102 mil empregados. No comparativo com o mesmo período do ano de 2019, a pesquisa aponta que sete agrupamentos de atividades registraram quedas no número de trabalhadores e em três deles o número ficou estável. Em termos percentuais, as atividades que registraram as maiores quedas no quantitativo de pessoas ocupadas, naquele período, foram: Alojamento e alimentação (-30,2%), Outros serviços (-29,5%) e Serviços domésticos (28,2%).
Rendimento médio e massa de rendimento
O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas ficou estatisticamente estável, registrando variação de -8,1%, na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2020, esse rendimento em média era de R$ 1.807 no segundo trimestre, e decresceu R$ 146, chegando a R$ 1.661.
A massa de rendimento real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas, também ficou estável (R$ 4,9 bilhões), no terceiro trimestre comparando com o segundo e quando comparada ao mesmo trimestre do ano de 2019, a pesquisa indica que essa massa teve queda de 17,8%. Isso é reflexo da queda do número de pessoas ocupadas, nesse 3º trimestre de 2020.



