Diagnóstico precoce do câncer de mama eleva a chance de cura

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Conheça a história de Francisca Costa. Ela venceu o câncer de mama e tornou-se um exemplo de superação e amor ao próximo.

Um levantamento realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelou que o Brasil registrará cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama em 2019, número que corresponde a 28% de todos os diagnósticos da doença registrados no país. Mundialmente, a doença afeta 2,1 milhões de pessoas por ano e é o quinto que mais mata, de acordo com o Globocan 2018, um estudo da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer.
Em alguns casos as próprias mulheres identificam sinais e sintomas do câncer de mama, incluindo doença em estágio inicial e intermediário quando as chances de sobrevida são maiores. Foi o que aconteceu com a sobralense Francisca Costa, carinhosamente conhecida como “Fransquinha”. Ao descobrir o nódulo na mama acionou uma médica para verificar do que se tratava, apesar de já suspeitar da doença. “A minha ginecologista disse que não era nada. Era apenas preocupação, pois eu ia me operar da vesícula, mas mesmo assim fiz o exame de mamografia”, explicou.
Como a mamografia não detectou o câncer, os médicos receitaram que a sobralense ingerisse calmantes. Inconformada com o diagnóstico, pois suspeitava que houvesse algo errado, Francisca solicitou um ultrassom da mama. O novo diagnóstico apresentou cisto de água – tipo de alteração funcional benigna que não traz nenhuma associação com risco de câncer de mama, podendo estar relacionado também com a má alimentação. A partir daí, a sobralense iniciou uma dieta com a intenção de emagrecer pelo menos cinco quilos.
Expedito Costa, esposo de Francisca, desconfiado de que não era nada relacionado com má alimentação pediu que a esposa ligasse para uma amiga da família que morava em Fortaleza na tentativa de uma nova consulta com outro médico.
No dia 12 de março de 1995, ela viajou para Fortaleza onde realizou um novo exame de mamografia e logo após, uma biopsia no Instituto do Câncer do Ceará (ICC). Oito dias depois, Expedito atende uma ligação em sua residência e escuta que sua esposa foi diagnosticada com um tumor maligno. Resultado que a família procurava descartar após as três consultas realizadas. “Infelizmente você vai ter que retirar a mama toda. Venha segunda-feira que a gente pode marcar a cirurgia. Foi isso que me falaram ao telefone”, contou Francisca.
Dentre angústia, desespero, tristeza, estresse e até mesmo revolta, Francisca Costa teve o apoio de seu marido, dos três filhos e dos amigos durante a retirada dos seios e do intenso tratamento contra o câncer de mama. Ela conta ainda que durante a cirurgia de retirada da mama teve parada cardíaca e passou cinco dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Antes mesmo de completar um mês de sua cirurgia, a sobralense iniciou a quimioterapia e, na época, conheceu pessoas com diversas dificuldades. Foram nove meses de tratamento em Sobral, até a notícia do sumiço do câncer.
Após se recuperar, decidiu que queria ajudar outras pessoas que estivessem passando pelo problema. Com o apoio de 12 amigas que também tiveram algum tipo de experiência com o câncer, Francisca Costa assumiu no ano 2000 um albergue do Hospital Santa Casa de Sobral que acolhia pacientes diagnosticados com câncer vindos do interior e de localidades da Zona Norte, para tratamentos e que não tinham onde ficar. Em 2005, com a ajuda de empresários, voluntários e de bingos, Francisca reformou o albergue e fundou a Casa Viva a Vida.
Casa Viva a Vida
Reformada em 2005, a Casa Viva a Vida está localizada na Avenida Dom José em frente à Praça da Santa Casa em Sobral. Dirigida por Francisca Costa, o projeto acolhe atualmente cerca de 17 pessoas semanalmente, entre crianças, adultos e idosos vindos de localidades, distritos ou até mesmo outras cidades da Zona Norte do Estado para realizarem tratamento em Sobral. O local onde a casa funciona é cedido pela Diocese de Sobral e a parceria com o hospital Santa Casa garante o pagamento de contas de água e luz do imóvel. Alimentos e produtos de limpeza são, em maioria, doados. Além disso, a casa precisa de voluntários diariamente.
Outubro Rosa
Na década de 1990, nasce o movimento conhecido como Outubro Rosa, para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama, promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.
Mais informações sobre o Projeto podem ser obtidas pelo telefone (88) 3611.1720 / 99219-4005

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