Salmito Campos

O Perigo dos Adolescentes na Internet

As redes sociais têm uma grande influência na vida dos jovens, com impactos que podem ser tanto positivos quanto negativos. Elas são um espaço de comunicação e interação social, mas também podem contribuir para problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, além de afetar a autoestima e o rendimento escolar.
Impactos Positivos: As redes sociais permitem que os jovens se conectem com amigos e familiares, independentemente da distância, facilitando o relacionamento e a troca de informações.
As plataformas online oferecem aos jovens a oportunidade de expressar suas ideias, talentos e opiniões, além de compartilhar suas criações artísticas e culturais.
Impactos Negativos: O uso excessivo das redes sociais pode levar a problemas como ansiedade, depressão, baixa autoestima e distúrbios do sono.
A falta de regulação e o anonimato online podem facilitar o surgimento de cyberbullying, causando danos psicológicos e emocionais.
Apesar de conectar, as redes sociais podem também gerar um sentimento de isolamento e dificuldade em estabelecer relacionamentos presenciais.
O uso excessivo das redes sociais pode interferir na capacidade de concentração e no desempenho escolar, afetando o rendimento acadêmico.
Como lidar com a influência das redes sociais: É importante que os jovens e seus pais promovam um uso consciente e moderado das redes sociais, estabelecendo limites de tempo e priorizando atividades offline.
Caso os jovens apresentem sinais de ansiedade, depressão ou dependência das redes sociais, é importante buscar ajuda de um profissional de saúde mental.
Incentive atividades físicas, hobbies, contato com a natureza e interações sociais offline para equilibrar o tempo e o uso de redes sociais. (Inteligência Artificial).
A assessora de comunicação Melissa Rodrigues, 38, é mãe de dois adolescentes, um menino de 14 anos e uma menina de 12. Ela conta que monitora de perto as atividades online dos filhos. “O Instagram deles está logado tanto no meu celular quanto no meu computador, assim como o WhatsApp. Tenho acesso ao que eles veem e com quem conversam”, afirma.
“Com meu filho, por exemplo, ensino a importância do respeito, seja comigo, com a irmã, ou com qualquer outra mulher. Já com minha filha, gosto de destacar que ela nunca deve deixar sua voz ser silenciada”, explica Melissa.
Melissa reconhece que os filhos estão expostos a influências externas. “Eles vão ter contato com colegas que podem mostrar vídeos, fotos ou conversar sobre assuntos que não são apropriados para a idade deles. Por isso, trabalhamos muito para que saibam como reagir frente a qualquer situação”, pontua.
Já a psicóloga Hilda Costa, mãe solo de uma jovem de 13 anos, a preocupação com a influência da internet na criação da filha se tornou ainda mais real depois de um episódio delicado: a menina foi responsável por praticar bullying contra uma colega. “Talvez seja mais fácil, entre aspas, lidar quando o seu filho é a vítima, mas quando ele é quem provoca, é uma sensação muito ruim de impotência”, desabafa.
O caso a fez questionar onde poderia estar errando. “Foi bem constrangedor. Acabei me entendendo com a mãe da menina que sofreu o bullying, mas a adolescente está, sem dúvidas, sofrendo as consequências até hoje”.
A experiência fez Hilda reforçar o controle sobre o que a filha consome online, estabelecendo um limite de três horas diárias para o uso de telas e utilizando um aplicativo de monitoramento. “Permito que ela tenha acesso a alguns aplicativos, mas não a outros. Também regulo quando quero que ela use, por exemplo, apenas o WhatsApp ou o Spotify, e não o Instagram ou o TikTok.”
Ainda assim, ela reconhece que a influência das redes sociais vai além do que pais e escolas conseguem combater sozinhos. Para ela, a solução passa por um esforço coletivo. “A escola pode abordar temas como bullying, machismo, homofobia e todos esses assuntos polêmicos. Acredito que seja uma força-tarefa entre pais, escola e comunidade. Porque do jeito que está, está muito complicado.” (Lara Vieira Jornal O Povo – 11.04.25).
Prof. Salmito Campos – (jornalista e radialista).

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