FILHOS DE SIÃO

Cenáculo Jubilar
Estamos a poucos dias da nossa celebração do nosso jubileu, dos nossos 25 anos! Louvado seja Deus pela alegria de celebrá-lo!
Como devemos comemorar:
Ano passado, quando nos preparávamos para celebrar o jubileu, partilhamos a passagem Levítico 25, Moisés recebe orientações de Deus de como se deve comemorar um jubileu. O ano jubilar é de descanso, de alegria, perdão de dívidas, restituição de terras, e muitas bênçãos.
Embora tenha sido escrito tudo aquilo para um povo, numa determinada cultura, não podemos deixar de celebrar o jubileu. Trouxemos isso à tona a fim de refletirmos acerca da comemoração jubilar.
Isaias 61, 1s
Nesta passagem, o profeta apresenta a libertação do povo ocorrida em pleno jubileu, no “ano da graça do Senhor”. Isto é, portanto, a razão de comemorarmos este ano, pois é “o ano da graça do Senhor”! Os favores do Senhor estão à nossa disposição em vista deste período jubilar. Bem como, é um ano especial para servi-Lo, para praticar o perdão – à época, o perdão das dívidas –, e para partilhar os bens com os irmãos.
Quando Cristo estava certa vez no templo, Ele tomou o rolo com esta passagem, revelando que aquela profecia estava se cumprindo naquele momento. A partir de então, com a encarnação de Deus entre os homens, aquilo que era humano – o ano da graça, do perdão, da misericórdia –, passou a ser divino, a história se tornou jubilar. Após a Encarnação, todo dia é jubileu! Um jubileu eterno.
Sendo a Igreja perita em humanidade, ela percebe que o homem festeja, celebra, registra e rememora momentos, ele é marcado pela temporalidade. Por essa razão, celebra-se o ano santo, o ano especial.
Em 1300, o Papa Bonifácio estabeleceu o primeiro Ano Santo na história eclesial, e a cada 100 anos deveria ser celebrado. Então, o Papa Clemente, visto a brevidade da vida, reduziu o período, tornando-se jubilar a cada 50 anos. Só em 1700, a cada 25 anos foi o tempo definido para comemorações jubilares.
Recordo como foi belo celebrar o jubileu do ano 2000. Mas belo também foi em 2014, no Ano da Misericórdia, em que muitas graças foram derramadas, pela proximidade do Papa Francisco em toda a Igreja.
Em 2025 acontecerá mais um: o Ano Santo com o tema – Peregrinos da Esperança. Será aberto em dezembro de 2024 com a porta santa, e a bula sairá em maio de 2025.
Um jubileu não acontece por acaso entre os cristãos, pois é um “momento de Deus”, de reconhecimento do Senhorio e da Divina providência de Deus. Celebrá-lo é compreender que o Senhor que esse ano para Si, que nos dediquemos a Ele: que eu me liberte dos meus pecados que até então não consegui, que eu perdoe, que eu restaure a minha vida, que eu celebre.
O ano jubilar é um ano para viver a vontade de Deus. A exemplo de Santa Teresinha: quero o que Ele quer! É tempo de se render à vontade de Deus para experimentar Sua providência, porque tudo vem d’Ele e é para Ele. Ainda que estejamos hoje a sofrer, o Senhor tem o melhor para nós.
Para que possamos voltar o nosso coração para aquilo que a Igreja nos ensina, o ano que vem será dedicado à oração – toda a linguagem do Papa e da Igreja será sobre essa temática.
Esse ano jubilar enfatiza a necessidade de confiar no Senhor, de reconhecer o Seu Senhorio, de realizar os nossos sonhos e necessidades, pois Ele é Pai – sabe todas as coisas as quais precisamos.
É um tempo, ainda, de paz e reconciliação, de graça divina. Ele nos faz viver a conversão, é um apelo a recuperar aquilo que não poderíamos receber de volta pelas nossas próprias forças: o amor e a salvação.
É o ano da conversão do coração, da mudança de vida (São João Paulo II, ano jubilar 2000).
O ano jubilar se celebra com os olhos voltados para Aquela que gerou a razão para celebrar o jubileu eterno.
Vander Lúcia Menezes Farias – Fundadora da Comunidade Filhos de Sião



