Hemocentro de Sobral recebe em média 1.300 doações de sangue por mês

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Esses números podem sofrer alteração entre o fim de dezembro e começo de janeiro, quando acontece uma queda nas doações por consequência do período de férias e recesso municipal.

O Hemocentro de Sobral recebe cerca de 1.300 bolsas de sangue, mensalmente. Esses números costumam sofrer alterações entre o fim de dezembro e começo de janeiro, quando acontece uma queda nas doações.
A coordenadora da captação de doadores, Valeria Vasconcelos, classifica Sobral como uma cidade universitária e atribui a queda de doações a volta dos estudantes para sua cidade de origem, além do recesso municipal. “Todos os municípios que são parceiros nossos eles estão nesse período, principalmente a partir do dia 20 de dezembro até o final do mês em recesso. Recesso administrativo, aí com isso a gente não pode programar campanhas de doações externas. Por exemplo, a Grendene que é grande parceira nossa, ela não faz campanha finais de ano porque é alta produção, e isso contribui muito”, conta.
O Hemocentro trabalha em parceria as unidades de Quixadá, Crato e Fortaleza. “Então quando a gente está carente aqui de algum grupo sanguíneo, a Dra. Soraia faz a busca em outros estoques e já pede socorro a quem está com o estoque mais satisfatório que o nosso”, explica Valeria Vasconcelos.
A diretora interina do Hemocentro de Sobral, Dra. Soraia Cunha, avalia 2019 como um ano tranquilo que terminou com um “estoque para poder dar assistência aos municípios, aos hospitais que nós atendemos”, diz.
O grupo que mais realiza doações de sangue ainda são pessoas a partir de 29 anos, porém, os jovens entre 18 a 29 anos, estão gradativamente apresentando mais consciência da importância de doar. Algumas universidades e a empresa Grendene têm parceria com o Hemoce, segundo explica a coordenadora de captação de doadores.

Alerta com o carnaval
Com a aproximação do carnaval, o Hemoce entra em estado de alerta, visto o aumento da quantidade de acidentes de trânsito. Nesse contexto, é fundamental a estratégia das campanhas. “A gente já se programa para essas demandas que é carnaval, semana santa e período de férias. No carnaval as pessoas se excedem na bebida e acaba tendo mais acidentes. A carência de sangue é constante, ela não tira férias, ela não vai às festas. Estamos sempre preparados, mas a gente só pode se preparar se tiver um doador de sangue”, afirma Valeria.
De acordo com a Dra. Soraia Cunha, a equipe já aguarda uma demanda maior e se prepara previamente, intensificando campanhas e preparando uma em especial, voltada apenas para essa data. “A nossa menor demanda é no final de dezembro e começo de janeiro. A partir da segunda quinzena de janeiro a gente volta à normalidade, aí é o tempo que a gente trabalha pensando no carnaval. Depois a gente tem uma queda do estoque em virtude do consumo durante o carnaval, então previamente a gente já faz com que tenha um aumento no número de doações para que seja utilizada durante o carnaval e para que no pós não falte sangue”, explica.

Mitos e critérios para doação
Ficar sem sangue, contrair doenças infecciosas, a dúvida acerca da possibilidade de doar uma vez e ficar sempre doando ou o doador fica com excesso de sangue, são alguns dos mitos que prejudicam as doações.
“Para nós, o ideal é aquele doador de repetição, porque o estoque precisa. Se eu não tiver doadores de sangue, eu não vou ter estoque para ofertar para os pacientes, mas eu tenho que tirar da cabeça do meu doador que aquilo é obrigatório ou ele vai adoecer. Isso não existe. Ele tem que doar porque sua solidariedade é gritante e você quer salvar vidas”, complementa a diretora interina.
Para ser um doador é necessário ter entre 16 e 69 anos, pesar acima de 50 quilos, estar saudável e apresentar documento com foto. O candidato faz o cadastramento, exames para saber a situação de saúde e passa por uma triagem clínica.
Ainda de acordo com Valeria Vasconcelos, a triagem é confidencial e tem como finalidade saber se a pessoa está bem. “A doação propriamente dita, 450 ml, mais três tubinhos de sangue, onde a gente realiza todos os exames para saber se aquela bolsa está apta para ser aplicada no paciente que está precisando”, conta.
Wildson Gonçalves, 31 anos, doa sangue há 12 anos. “Desde adolescente sempre quis doar, ajudar. Faço as quatro doações por ano” destaca o sobralense.
Doar sangue é um ato seguro, empático e rápido e uma bolsa de sangue pode atender até quatro pessoas em estado crítico em pelo menos 70 hospitais e 59 municípios.

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