Mesmo com crise econômica, comerciantes de Sobral mantêm fé e perseveram

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Há quase 40 anos vendendo componentes eletrônicos, Francisco Irismar percebe as transformações do comércio na cidade. Tarcísio, que há 22 anos trabalha no comércio de varejo se apega à esperança pela melhora da economia

O comércio está presente na história da humanidade desde os primórdios do desenvolvimento humano, quando a troca por serviços (no início por objetos) identificava o valor de determinado produto. É o comércio que movimenta nossa economia. No município de Sobral, embora o comércio tenha crescido, contribuído com o desenvolvimento da cidade, a crise que se alastra pelo país pode ser sentida por comerciantes que há anos fazem dessa atividade seu meio de vida. Entretanto, fé e perseverança norteiam seu trabalho.

No meio da crise, perseverança

Tarcísio Parente, 53, é proprietário do “Mercadinho Tarcísio”, que há 22 anos faz parte do cotidiano de todos os que buscam o mercado municipal. O comerciante trabalha com o ramo de varejos, e ainda trabalhava na ‘Fábrica de Cimento’ na cidade quando começou a preparar seu futuro meio de vida; seu mercadinho.
Tarcísio afirma que o comércio de Sobral caiu em relação às vendas: “Por conta da crise, e também dos grandes que chegaram”, ressalta. Mas de acordo com ele, perseverança é o segredo: “O comércio está ruim para todo mundo. Devemos torcer pela melhora e crescimento da economia, pois quando ela melhora o dinheiro circula”, conclui.

No passar dos anos, manter a fé
O sobralense Francisco Irismar Frota, 77, proprietário da “Transradial Eletrônica”, loja que vende componentes eletrônicos, montou a loja em dezembro de 1980: “Comecei a trabalhar mesmo com 12 anos. De lá para cá fui trabalhando em comércio, fazendo cursos de rádio e eletrônica, trabalhei vários anos em uma oficina de eletrônicos que tinha, e só de comércio vai fazer 39 anos neste ano”, ressalta.
Francisco Irismar nota as transformações que aconteceram desde os anos 2000, quando o comércio começou a apresentar queda: “No meu ramo, por exemplo, teve muita mudança de material. A tecnologia era boa, as pessoas buscavam consertar os aparelhos. Depois as pessoas começaram a comprar o aparelho completo ao invés de mandar consertar”, enfatiza. “Mas o segredo é não esmorecer, ter fé, e qualquer ramo que escolher, seguir em frente”, conclui.

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