Neste 2º domingo da Páscoa, a Igreja nos faz refletir sobre a experiência de fé que se dá no encontro íntimo e pessoal com o Cristo Ressuscitado. Não basta apenas saber que Ele ressuscitou, como alguém que simplesmente soube de uma notícia, é preciso reconhecê-lo através de uma experiência de proximidade com o Mestre.
Desse modo, teremos a capacidade de professar a fé sincera e verdadeiramente. É isso que nos mostra a liturgia desse domingo. Primeiramente, temos a imagem da comunidade dos discípulos, que se encontra reunida. Jesus os visita, dá-se a conhecer e concede-lhes o Espírito Santo. Nesse momento sublime eles são investidos de poder e autoridade para serem os continuadores da missão de Jesus, amando e servindo a todos.
É, pois, o Espírito Santo que, a partir de então, será o condutor e protagonista da missão. É grande a alegria dos discípulos ao receberem a amável visita daquele por quem haviam deixado tudo. É o próprio Filho de Deus, glorioso e ressuscitado, que garante sua presença constante na vida dos que se dispõem à obra do Reino.
Um dos discípulos, Tomé, não estava presente. Mesmo com o testemunho de seus companheiros, “Vimos o Senhor”, ele não acredita. Tomé, então, simboliza a incredulidade daqueles que precisam ver para crer. Jesus mais uma vez aparece à comunidade messiânica e mostra ao discípulo incrédulo suas mãos e o lado aberto. O Ressuscitado é o mesmo que fora crucificado, agora vivendo além do tempo e do espaço na vida nova que brota da ressurreição.
A experiência do encontro leva São Tomé a proferir a mais bela profissão de fé: meu Senhor e meu Deus! Frase que até os dias de hoje é repetida com fé e devoção no momento da elevação durante a Santa Missa. Após suas dúvidas e inseguranças, o apóstolo chega ao amadurecimento de sua fé, reconhecendo o Cristo como Senhor e Deus.
Felizes os creem sem terem visto por confiarem nas testemunhas da ressurreição de Jesus. Testemunho esse presente nas Escrituras, na vida da Igreja, e na vida de tantos homens e mulheres, que com sua presença luminosa são verdadeiros apóstolos da ressurreição.
A presença do Ressuscitado, que animou a comunidade apostólica, nos ajude a confessar a fé e nos abra à realidade da ressurreição a partir de uma crença madura, inteligente e libertadora. Que a Páscoa de Jesus fortaleça a nossa caminhada cristã e nos faça reconhecê-lo nas diversas realidades da vida.

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