editorial cs

Acabamos de passar por um ano calamitoso, no qual a história recordará como um período marcado pela crise sanitária global como resultado do coronavírus. Iniciamos 2021 ainda com o número de contagiados a aumentar e com as mesmas restrições do ano passado, mas eis que um lastro luminoso de esperança brilha em meio às trevas da incerteza.
Iniciamos este novo ano em meio a uma corrida global pela produção de vacinas eficazes e seguras. Embora não saibamos ainda o que esperar dessa vacinação a nível mundial, o Papa Francisco utilizou a expressão “luzes de esperança” ao se referir às vacinas, em sua mensagem de Natal.
Podemos, finalmente, apostar que este ano de 2021 trará o princípio do fim da pandemia, o que esperamos ser o quanto antes. O ano que passou será, então, uma página virada da história global. Assim como tantos outros desastres passaram, como as grandes guerras e genocídios, a guerra contra o coronavírus também se findará.
Porém, o ano de 2020 não será lembrado apenas como um ano desastroso. Além da dor e da pobreza, 2020 também ficará na história pelos grandes atos de humanismo e caridade. Durante a crise, surgiram flores em meio aos espinhos, como os grandes gestos de generosidade, a dedicação ao heroísmo, a proximidade com os pobres e abandonados.
A pandemia tem nos mostrado que não se pode vencer nenhum mal com práticas individualistas, nem se pensando em si mesmo. Quem procurou tirar lições da pandemia aprendeu que devemos viver pelos outros e que somente a união nos libertará de um inimigo comum. Não foi à toa que o Papa lançou um encíclica, no ano passado, intitulada “Todos irmãos”.
O que se espera é que essa irmandade continue na vacinação. Que a busca pela vacina mais segura não seja apenas uma concorrência nacionalista e nem se feche às nações mais ricas. É preciso mais do que nunca buscar o bem comum, lutar pela saúde da humanidade, espalhar vida e vida em abundância para todos, sem exceção.
No raiar de um novo ano, vimos raiar também a esperança. Nesse tempo de espera, a humanidade vive o advento das vacinas. Enquanto isso, esperamos que em 2021 não sejamos traídos pela irresponsabilidade e pelo desrespeito. Ainda é tempo de cautela e paciência para com as normas de restrição.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *