O EXERCÍCIO DA CIDADANIA

Segundo Eduardo Bauka “a única coisa que torna possível o triunfo do mal é omissão dos homens bons.” Isto significa que a omissão do exercício da cidadania, é a primeira explicação da perversão social brasileira.
Como se sabe, a maioria dos brasileiros mostra-se envergonhados ou medo quando precisam exercer a cidadania. Ou seja, o cidadão não reclama o seu direito, deixa-se enganar pelo maquiavelismo da política que nega o direito de uma vida digna a milhões de pessoas pobres.
E é neste item que vive à ideologia salvacionista espelhadas no protecionismo cômodo do paliativo da esmola, já comprovada pela prática da atuação do sistema político, econômico e social, em todos os setores da sociedade brasileira.
Esse superficialismo está relacionado com muitos dos problemas institucionais e a mediocridade política, que está no controle e poder político, como velhas raposas de grupos de elites de corrupção, alienação e concentração do bem público no patrimônio particular, cabe ao cidadão honesto de exercer sua cidadania, pois só há dois meios de libertação econômica e político, a cidadania ou a miséria.
Se a ditadura castrou o sonho, a esperança e o ideário de uma consciência nacional de identidade e liderança de centenas de brasileiros. Hoje, ao povo cabe o exercício da cidadania, contra o novo discurso demagogo das mídias políticas, do maquiavelismo dogmático do diálogo unilateral e das práticas oficiais de um regime capitalista cavernoso.
Só para ilustrar, dentre muitos, veja um triste exemplo:
A Previdência pública e universal, ampliada pela Constituição Cidadã de 88, está tecnicamente falida, com a vela na mão, padre na cabeceira e pedindo salvação, através de uma justa reforma. Mas, a injustiça social, já disse que a massa da contribuição não pode alcançar a carga dos benefícios desejados. O pior é que ainda tem advogados maquiavélicos com suas ações imorais e maléficas em nome da justiça social, que constitui o direito da aposentadoria do trabalhador, trata como se ela não fosse um direito do cidadão, vitimando o próprio cidadão, que se aposenta já devendo a metade do seu aposento, pelos trabalhos advocatícios.
Além deste notório exemplo, temos o corporativismo, estimulado pela onda do salve-se quem puder. E muitas desses corporativistas se abriram o que parece na máfia, como filosofia, se protegendo e reciprocidade, com decisão de vantagens, conivência.
Nessa batalha da ponte, além destes e de tantos outros exemplos, a que vai decidir é a cidadania. Temos tudo por fazer, começando pela cidadania da pá-virada: é do Brasil uma das piores concentrações de renda do mundo, o capitalismo brasileiro é um dos mais selvagens. Os grandes empresários são os maiores sonegadores. Por isso, precisamos do exercício da cidadania.
O bem da verdade é preciso ser dito que o Brasil faz pouco tempo que se livrou da ditadura. Vale observar ainda que não somente a opressão inibe o exercício da cidadania. O paternalismo e a tutela do Estado também, mas, consola-nos saber que, há excepcionalmente, instituições que não comungam desse processo vertiginoso de exclusão social.
Ainda de acordo com o Eduardo, é possível triunfar o mal, com a omissão dos bons cidadãos. As escolas, que deveriam ter a responsabilidade principal de educar para a cidadania, são omissas em relação a isso. O conceito de cidadania não vai além da explicação do seu significado literal. Por isso, é preciso ser necessário alargar a ideia de cidadania para abrir novas possibilidades para diminuir a desigualdade social.
Ilustraremos isso com um exemplo: em Massapê. Um grupo de pessoas inspiradas, ao que parece pelo sucesso de sua primeira e importante ação de cidadania, o grupo criou um fórum permanente, em busca de uma consciência de cidadania,
Portanto, em qualquer parte do mundo, os direitos políticos dizem respeito à deliberação do cidadão sobre a sua vida; à livre expressão de pensamento; às práticas políticas e religiosas e muitos mais. Para o pleno exercício da cidadania, porém, relacionam-se a convivência com os outros cidadãos em organismos de representação direta, como os sindicatos, os partidos políticos, a igreja, os movimentos sociais, as escolas e outros. Resistindo a imposição de poderes, através de movimentos pacíficos.
Assim sendo, podemos ser otimistas em relação à minimização nestes problemas, e devemos ajudar neste sentido com nosso próprio exemplo de vigilância e com mais ação de cidadania, não compactuando, não favorecendo atos de esperteza nociva.
Jornalista, Historiador e Critico Literário.



