Os costumes e valores que terminaram por reinarem no século XX; frente a um novo milênio, não será mais possível fugir a uma ampla discursão acerca dos problemas advindos da errada destinação do lixo no Brasil.
Como se sabe, o lixo atua silencioso todos os dias como a fome, a sede e as doenças. As poucas campanhas que ainda tentam semear uma consciência individualista frente à realidade de um poluidor perverso de cada habitante do País, pouco êxito tem alcançado.
A maioria dos brasileiros ainda vive o costume de apenas afasta os problemas do seu campo de visão: levando o lixo para longe dos olhos, como se lá, por mágica, ele deixa de existir. Os efeitos de anos de massificação pelo uso de bens descartáveis, sempre ligados ao entendimento de progresso, ainda funciona como barreira intransponível para novas ideias. O império do consumo foi alicerçado em bases firmes.
Os cientistas do mundo todo discutem, hoje, formas para reduzir os agentes poluidores em todos os níveis, estando no topo da listagem à destinação do lixo produzido.
Pela própria definição, o lixo é tudo o que não serve mais, subdividindo-se em industrial, agrícola e urbano. Em qualquer caso, todo material despejados desordenamento em quantidade excessiva num local não pode ser absorvido, gerando poluição, será chamado de contaminação, dado o seu potencial destrutivo.
Vários países já relatam de maneira transparentes que, mais da metade dos seus doentes tem a causa da enfermidade diretamente ligada ao tipo de água consumida. Por falta de uma educação familiar e social.
E nessa cruzada estão os prefeitos das grandes e pequenas cidades brasileiras, que quando criança e adolescentes, já iniciaram as suas opções de sujeiras, por falta de uma educação. E o pior, quando já feitos prefeitos, gargalha bem alto e lança o grito narcisista: eu sou o prefeito e sei que existe o lixo na cidade. Estou satisfeito com ele! A sua satisfação sádica entre em êxtase narcisista e a sua libido incestuosa sujeira é sua própria educação.
Segundo, os ambientalistas, uma em cada quatro casas no Brasil, não tem coleta de lixo, mais da metade das cidades, o lixo ainda não tem destinação adequada. Ou seja, têm como destino os lixões, além dos terrenos baldios e rios, que são cobertos de sofás, colchões e pneus, móveis como guarda-roupas e armários, vasos sanitários, embalagens e caixas de papelão, socos plásticos e sacolas, garrafas Pet, resto de comidas, arvores, panfletos, jornais, revistas, carcaça de celulares e até animais mortos.
Assim o lixo vai invadido muitas cidades brasileiras, cidade com o lixo estampado no rosto de sua população. Enfim, um cenário sujo, deixando um rastro de desalento para os seus moradores. Segundo Marcio Matheus, presidente Nacional das Empresas de Limpeza Urbana, a pior, situação é a do nordeste.
Mas, existem aquelas cidades no nordeste que as suas limpezas públicas diferenciam umas das outras. Graças a Deus!
Tomemos, por exemplos, duas cidades bastante conhecidas no nordeste e que faz parte do cotidiano da limpeza pública brasileira: as cidades de Sobral e a de Massapê, no Ceará. São cidades, que têm políticas públicas na destinação dos seus resíduos. Ou seja, conscientização de coleta e a destinação adequada do lixo, minimizando os impactos ambientais e evitando danos a saúde pública. Isso é um exemplo, que deve ser seguido.
Afinal, o presidente Kennedy já dizia que não basta olhar no olho; é preciso olhar na mesma direção!
A esta altura, os prefeitos malfeitores do lixo de outras cidades brasileiras devem estar perguntando, a seus botões, o que tem essa citação a ver com a destinação do lixo. Mas estamos certos de que os seus botões, se forem conscientizados, hoje, saberão responder o que tem a ver, como bons exemplos, das limpezas, das duas cidades citadas.
Portanto a população brasileira deve engajar-se, rapidamente, aos órgãos governamentais, ou não, que tentam educar e conscientizar a população e os prefeitos quanto à destinação correta dos resíduos domiciliares. Os prefeitos devem fiscalizar a indústria e os produtores rurais, evitando-se com isso a contaminação do crescimento desordenado de poluentes, isto inclui uma boa coleta de lixo e um aterro sanitário adequado.
Afinal, é função do poder público incluir em suas prioridades a educação sobre o lixo e a sua destinação adequada. Paralelamente, o Estado deve fazer cumprir, com rigor, a lei que obriga todas as cidades brasileiras construir os seus aterros sanitários, adotando nos órgãos os mecanismos eficazes na atividade fiscalizatória e promovendo através do Mistério Público, as medidas judiciarias adequadas.
De outro modo, se estará pondo em risco a própria sobrevivência da espécie humana.
Jornalista, Historiador e Crítico Literário.

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