O RACISMO E A MEDIOCRIDADE
No apogeu da modernidade e do progresso. É difícil acreditar que, após do terrível passado da escravidão, ainda existe pessoas negra, com uma postura mental negativista, sobre o racismo, tendo por base uma política, sem responsabilidade histórica. Como exemplo para ilustrar essa afirmativa, lembramos o que aconteceu recentemente, um negro nomeado para dirigir a Fundação Palmares, usa o negativismo para criminalizar toda uma raça. Ou seja, dando declarações ideológicas, do tipo que o “Dia da Consciência Negra” deveria ser abolido.
Portanto, essa cultura negativista, tem ligação, com a ordem política, econômica e moral, em que deixa bem claro o papel desempenhado por uma aritmética injusta, a ponto de um negro negar sua verdadeira história social.
E agora? Poderia invocar inúmeros fundamentos para justificar o meu protesto: os ensinamentos da história, que reúne elementos jurídico, filosófico, sociológico, econômico, psicológicos, politico e histórico. Poderia mostrar a atual cartilha ideológica do circulo vicioso do preconceito racial que, tenta eliminar um processo de identificação de negro enfurnado nas periferias das grandes cidades. Poderia até mesmo admitir a mediocridade de tamanha obviedade por trás das máscaras ideológicas.
São tantas as possibilidades que ousarei com total desprezo às declarações desse novo presidente da Fundação Palmares, que nega sua raça por medo de não ser aceito pela sociedade que vive. Prefere se iludir, porque tem problema com autoestima. Acha que nunca foi tocado pelo racismo, continua apegado a uma política, que busca no fundo, justificar uma concepção em que vê o racismo como um momento triunfal. E não de uma luta fiel.
Simplesmente, vamos desafinar o coro desse negro contente e mostrar, com dez pontos, porque existe, a “Conscientização Negra,” que todos nós queremos, mas a democrática, e não as dos que tem a cerva da vaidade incontrolável e a vantagem do espetáculo do ódio.
Como se sabe, o racismo foi e continua sendo uma ferida aberta na vida da sociedade brasileira. Eis uma relação de providências que lhe sugerimos nestes primeiros dias, capazes de criar condições para se converter em bons propósitos:
Reformar totalmente o seu discurso, com um conteúdo de conscientização, a partir das vozes negras, nas quais o povo negro passará reconhecer seu valor, mediante uma justiça social.
Impor-se, com a moral, independente, dizendo: estou aqui na Fundação Palmares, para combater as pretensões demagogas de certas publicidades mediáticas que fazem uma gazua na política social para se manter no poder.
Mandar uma comissão honrada para onde estão os afrodescendentes, com a tarefa especial de assistir a todos negros rurais quilombolas que os senhores feudais da atualidade espoliam de suas terras, roubam suas plantações e obrigaram os seus filhos aos trabalhos escravos. Não se preocupar com as grandes reações dos tiranetes locais.
Cobrar dos atuais neoliberais que acabem com esse sistema ignominioso da desigualdade salarial, como ocorrem recentemente, entre negros e brancos.
Dizer ao presidente da República que o autoritarismo combina com a mediocridade e a incompetência. Essa mistura é fruto, de um ensino deficiente e com baixo nível de exigência histórica, e a falta de informação contribui para formar um circulo vicioso, onde a indulgência cultural, não segue a responsabilidade histórica de um povo. Mas ainda há tempo que ele olha de perto a história de um pai analfabeto de família negra na preferia brasileira.
Dando novos rumos aos problemas do racismo, convertendo a Fundação Palmares num instrumento de luta no avance da uma realidade histórica e não permitindo que outros montem as suas arapucas com a benção de uma política autoritária.
Não rebaixar a justiça social, lutar para que ela seja um instrumento de reparação de injustiça e não de advogados, nas antes salas dos tribunais, para soltarem negros pobres e analfabetos.
Tomar nota de que entre um negro urbano e a classe dominante há um abismo insanável; com os métodos do apogeu medíocre, que se converteu num centro de mobilização do coronelismo contra os direitos um povo esbulhados nos seus direitos.
Talvez, a maior parte desses pontos poderá superar em muitos nos discursos negativistas. Mas não importa. O essencial é que façamos baseado na ideia de que não se deve abandonar um companheiro reduzido a racismo nas mãos de uma elite medíocre. Feito isso, asseguro que, não se precisa ir para o palácio. Basta se conduzir a luta dentro de terreno da “Conscientização Negra”, que se concretizem medidas semeadoras como estas que encaramos nesse singelo decálogo. Afinal, pois há uma divida moral, que não admite moratória! É vida humana, gerando, formando uma nação na linha do tempo.
Jornalista, Historiador e Crítico Literário.