Os arautos da Igreja na sociedade
Neste último domingo do mês de agosto, a Igreja celebra todos aqueles que são chamados ao serviço da comunidade como leigos e leigas, enfatizando de um modo especial a vocação dos catequistas. É uma forma de agradecer a Deus e reconhecer o trabalho de tantas pessoas que servem em nossas comunidades com amor e entusiasmo e são um sinal profético do Evangelho nos diversos segmentos da sociedade. Homens e mulheres que se deixaram cativar pelo Reino de Deus e se fizeram cooperadores da missão da Igreja.
A partir do Concílio Vaticano II, em que se discutiu a atuação dos leigos, houve uma maior valorização e uma maior abertura ao serviço que eles desempenhavam. Incentivou-se, então, que assumissem a própria vocação como sujeitos ativos no ministério pastoral da Igreja. Hoje, a vocação leiga tem papel abrangente e uma fecunda missão em nossas comunidades, com os animadores, catequistas e com ministros leigos da Palavra e da Eucaristia.
São jovens, crianças, idosos, pais e mães de família que tem o serviço na Igreja como parte integrante de suas vidas e já não se imaginariam fora desse serviço na comunidade. Mesmo com seus atributos pessoais, sempre encontram tempo e disposição para evangelizar.
Através deles, a Igreja chega a muitas pessoas de muitos lugares. Cada um com sua missão específica: os Ministros Extraordinários da Eucaristia levando a presença de Jesus aos enfermos; os Ministros da Palavra levando o Evangelho àquelas localidades aonde o sacerdote não chega com tanta frequência; os catequistas ensinando as crianças a dar seus primeiros passos na fé; os leigos consagrados, que são verdadeiros instrumentos de santificação do mundo, e tantos outros serviços. Eles levam em si aquelas sementes do Reino de Deus que são lançadas e cultivadas em nosso chão.
Em 2018, a Igreja vivenciou o Ano Nacional do Laicato, como forma de incentivar e conscientizar os leigos de sua nobre missão de ser “sal da terra e luz do mundo”. A vocação dos catequistas, por exemplo, tem grande importância no processo de transmissão da fé. Vivem ensinando e aprendendo no contato com os pequeninos de Deus, dispondo-se a plantar o Evangelho no coração das crianças a partir de cada oração, de cada lição de amor e de perdão. São pessoas que marcam a vida dos catequisandos. Quem não se lembra de seus catequistas…
Porém, sabemos, como já foi exposto, que a catequese é apenas um dos segmentos de atuação dos leigos. A vocação laical é, antes de tudo, um chamado de Deus a testemunhar o Evangelho na sociedade e tornar a Igreja presente em todo tempo e lugar: na família, no mercado de trabalho, na escola, na roça, na oficina, na política etc. Para aqueles que assumem um verdadeiro compromisso cristão, o Reino de Deus não é uma realidade utópica, mas é como um fermento de transformação profunda em cada contexto social.
Que cada leigo e leiga tenha força para superar as dificuldades da missão recebida, dando um contínuo testemunho de alegria e gratuidade no serviço de Deus. Abençoados sejam esses homens e mulheres tão dedicados, tão fieis e tão importantes na missão da Igreja.