Os cuidados e atenção que devem ser tomados na hora do uso

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Por Jocélio Tavares.
Desde que foi declarada a pandemia do novo coronavírus, em março de 2020, o mundo todo tem falado de um produto específico: o álcool a 70% – comercializado tanto em sua forma líquida como em gel – essencial no combate ao vírus. O produto, muito conhecido e utilizado entre os profissionais da saúde, agora se tornou item indispensável no dia a dia da população mundial.
Maçanetas, corrimãos, mesas e demais objetos de uso coletivo são frequentemente higienizados com álcool para eliminar possíveis gotículas da doença em ambientes domésticos, comerciais, industriais e públicos, além da constante limpeza das mãos. Contudo, é necessário cuidado durante o manuseio do produto.
“O manuseio inadequado do álcool pode ocasionar queimaduras, tendo em vista que é um produto altamente inflamável. Deve-se, portanto, evitar seu uso antes de lidar com ferramentas e materiais que possam gerar combustão, como isqueiros, além de manter os frascos de álcool longe de locais propensos à ocorrência de acidentes com queimadura, como fogões e churrasqueiras”, alerta a enfermeira Jéssica Damasceno.
Enquanto a venda da versão em gel do álcool 70% é liberada normalmente, a versão líquida estava proibida desde 2002 e só foi autorizada para a população durante 90 dias. Isso ocorre por conta da diferença entre as duas versões: em contato com o fogo, a versão líquida causa uma explosão, que não ocorre na textura em gel. Entretanto, esta leva mais tempo para evaporar. Assim, é importante entender os cuidados e, assim, evitar acidentes, principalmente em ambientes fechados.
“O mais recomendado é que em casa seja feita higienização com água corrente e sabonete e em ambiente em que você não tenha certeza se terá acesso a estes seja utilizado o álcool. Assim, se reduz os riscos de ocorrência de acidentes e de gastos com o produto, cujo preço tem aumentado nos últimos meses”, orienta Jéssica.
O cuidado deve ser redobrado ao passar o álcool em gel crianças. Elas devem estar longe de eletrodomésticos ou locais que possam contribuir para uma queimadura. Outra dica dos bombeiros é jamais utilizar fósforos e isqueiros logo após a aplicação de álcool nas mãos ou superfícies.
Em casos de acidente, Jéssica recomenda: “os cuidados em casos de queimaduras em decorrência do manuseio de álcool são os mesmos naqueles casos de queimaduras térmicas ocasionadas por outros fatores, ou seja, dependem da profundidade e extensão da área lesionada. O primeiro passo é cessar a fonte de calor. Em casos de queimaduras pouco extensas e que afetam as camadas mais superficiais da pele, deve-se colocar a região lesionada debaixo de água corrente fria por alguns minutos e posteriormente o local pode ser limpo com água e sabão neutro e seco cuidadosamente com um pano limpo, sem esfregar a pele lesionada”.
A enfermeira ainda completa: “deve-se também manter a região limpa, evitando aplicar gelo, produtos caseiros, como pasta de dente, ou cremes e pomadas sem a devida recomendação de um profissional de saúde. Deve-se evitar também romper bolhas que podem surgir. Em casos de queimaduras mais profundas e extensas deve-se procurar atendimento de saúde o mais rápido possível”.



