Pix completa um ano com novas funcionalidades

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PIX COMPLETA 1 ANO

Por Samuel Carvalho
Redação Correio da Semana

O Pix, o sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), completou um ano na última terça-feira (16) e com a visibilidade da data ganhou uma nova funcionalidade: entrou em vigor o Mecanismo Especial de Devolução, que agilizará o ressarcimento ao usuário vítima de fraude ou de falha operacional das instituições financeiras.
No momento, a grande preocupação é com a segurança do sistema. Por causa do aumento de sequestros-relâmpago e de fraudes relacionadas ao Pix, o BC limitou, em outubro, as transferências a R$ 1 mil entre as 20h e às 6h. Devido a estas questões foram adotadas medidas como o bloqueio, por até 72 horas, do recebimento de recursos por pessoas físicas em caso de suspeita de fraude.
O sistema está regulamentado por uma resolução editada pelo BC em junho. Desde então, as instituições financeiras estavam se adaptando aos procedimentos. Até agora, em uma eventual fraude ou falha operacional, as instituições envolvidas precisavam estabelecer procedimentos operacionais bilaterais para devolver o dinheiro. Segundo informações do BC, isso dificultava o processo e aumentava o tempo necessário para que o caso fosse analisado e finalizado. Com o Mecanismo Especial de Devolução, as regras e os procedimentos serão padronizados.
Para além dessa mudança, estarão disponíveis a partir do dia 29 o Pix Saque e o Pix Troco, ações que permitem saque em espécie e obtenção de troco em comercio e outros lugares de circulação pública. No Pix Saque, o cliente poderá fazer saques em qualquer ponto que ofertar o serviço, como comércios e caixas eletrônicos, tanto em terminais compartilhados quanto da própria instituição financeira. Para isso, basta apontar para o QR code com a câmera do celular e fará um Pix para o estabelecimento ou para a instituição financeira, retirando o dinheiro na boca do caixa.
Com o Pix Troco será permitido saque durante o pagamento de uma compra. O cliente poderá fazer um Pix equivalente à soma da compra e do saque e receberá a diferença como troco em espécie. O extrato do cliente especificará a parcela destinada à compra e a quantia sacada como troco.
Para planos futuros, foi anunciado também que nos próximos anos poderá ser usado em operações sem acesso à internet e em transações internacionais, segundo o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Essas novidades ainda não têm data para entrarem em vigor. “A realidade superou as expectativas. O uso do Pix aumenta mês após mês. A velocidade de adoção é a mais rápida do mundo”, destacou Campos Neto.
Em 12 meses de funcionamento, o Pix ultrapassou, em número de transações, meios de pagamento tradicionais. A ferramenta superou a Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o Documento de Ordem de Crédito (DOC) em janeiro deste ano. Em março, foi a vez de o Pix tomar o lugar dos boletos bancários na preferência por meios de pagamento.

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