PREOCUPAR-SE, NÃO. OCUPAR-SE!

A regra de ouro para se resolver qualquer problema não reside apenas em preocupar-se com o que dele pode desencadear. É, preciso, antes de tudo, ocupar-se na realização de tarefas que conduzam diretamente à solução. E a principal delas é dar à população educação, saúde, trabalho, segurança e lazer, o que é de inteira responsabilidade dos governos. Quando isso não ocorre, o mal passa a ditar as normas e daí vem a corrupção, a disseminação das drogas, a violência, a criminalidade e tudo o que é ruim e destruidor.
Nos últimos anos o povo brasileiro tem-se preocupado em demasia, a ponto de até adoecer, com a crescente onda de violência que não mais respeita local, hora e nem a força repressora. Preocupadas, também, estão as autoridades sérias e cônscias do seu papel, uma vez que é evidente a impotência dos órgãos responsável por combater o mal.
Se antes, através da mídia, apenas tomar conhecimento do terror promovido pelos malfeitores no Rio de Janeiro, São Paulo e em outras grandes metrópoles já assustava, hoje viver situação idêntica apavora quem mora em cidades pequenas ou até mesmo na zona rural. E o quadro piora quando entra em ação o sensacionalismo de alguns jornalistas e repórteres que buscam mais audiência, dando maior ênfase à má notícia.
Infelizmente combater a violência no Brasil tem sido uma luta muito desigual. De um lado, a bandidagem se ocupando cada vez mais em aprimorar as técnicas do crime, em inventar mais estratégias de fuga e em munir-se com os mais modernos armamentos. Além disso, muitas vezes recebendo ajuda de pessoas influentes e poderosos da política, da indústria, do comércio, das polícias e até da justiça.
Do outro lado, policiais em número reduzido, carentes de mais formação, de melhor remuneração e com equipamentos de defesa e combate (armas, veículos, etc.) muito aquém dos utilizados pelos malfeitores. Ressalte-se, também, a presença nociva de elementos que atuam contra os interesses da sociedade, enodoando a própria categoria.
Por incrível que pareça, existem locais em que o bandido ocupa, às vezes, o lugar da polícia. Há, também, outros em que ocorre o inverso. Aí está a saída: OCUPAR OS LOCAIS ONDE OS BANDIDOS SE INSTALAM. Para mim é a solução, pois eles não resistem. O que houve há algum tempo no Rio de Janeiro (RJ) e outras localidades é o melhor exemplo.
É óbvio que a solução eficaz e definitiva exige tempo e muito planejamento, já que são diversas as causas da violência. Mas cuidar do problema logo cedo, enquanto está pequeno, é a forma mais indicada para tentar eliminar de vez ou, pelo menos, minimizar o problema.
Insisto: Descentralizar as polícias, depois de aumentado seu contingente; qualificar e remunerar melhor seus integrantes; OCUPAR os pontos mais críticos com policiais permanentemente, a ponto de intimidar e obrigar os meliantes a desistir e encorajar a população a denunciar.
Essas ações poderiam até ter evitado a situação quase irreversível em que se encontram algumas cidades brasileiras. Mesmo não sendo constitucionalmente tarefa de suas alçadas, compete agora aos demais municípios fazerem urgentemente seu dever de casa: cobrar e exigir a efetiva ação dos governos estaduais e federais, a fim de para não incorrerem no mesmo erro das cidades já dominadas pelo mal. Deixando de fazer, em pouco tempo, infelizmente, estarão enfrentando o mesmo drama. E isso ninguém deseja.
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Praças sem praças
Pode-se encontrar quase todo tipo de vivente nas praças de Sobral. Exceção: policiais (os praças). Principalmente nos finais de semana. Caso se trate de uma tática superespecial e ultrassecreta da polícia, que me perdoe a ignorância o comando do 3º BPM. Só que a ausência de resultados positivos está atestando o contrário, já que a insegurança continua deitando e rolando nesses locais. E os malfeitores estão adorando.

Experimente!
Não estaria na hora de inverter a estratégia, Coronel? Que tal recolocar os praças nas praças novamente e pulverizar pontos estratégicos da cidade com seus homens, com frequentes averiguações e busca de armas?
Aí, sim, a população irá adorar. Pense nisso!

Priorizar o essencial
Limpar um matagal, tapar um buraco na rua, remendar um calçamento ou asfalto, consertar rapidamente um cano estourado, colocar uma lâmpada num poste, recolher um lixo entulhado na via pública, orientar e/ou punir um barnabé que trata mal os munícipes e outras pequenas providências. Isso é agir norteado pelas prioridades. É exatamente o que deveriam fazer os administradores que se preocupam com as reais e urgentes necessidades da população.

Dá voto
A adoção de medidas simples e baratas é o suficiente para evitar o desgaste do administrador e dos administrados, além de proporcionar o bem-estar desses últimos. Receita: apenas uma equipe cujo titular circulasse diariamente a cidade, resolvendo de imediato essas pendências, resultaria no começo do fim de muitos dos nossos probleminhas. E garanto: dá voto.

Consciência ecológica
Vi uma idosa entra num supermercado local e escolhe quatro itens pequenos. Diante da lentidão dos seus gestos, o Caixa vai logo colocando cada mercadoria numa sacola de plástico nova. Imediatamente ela saca três usadas e diz: “Precisa não. Sempre trago essas desde que as recebi aqui há mais de um ano”. Valeu, vovó!

Repassando
E mesmo que o Caixa não assimile e não repasse essa lição, provavelmente por ignorância do patrão, eu, na condição de freguês, tenho a obrigação de levá-la adiante. E você, amigo leitor, poderá ser meu aliado nisso. Vamos nessa!

Proibir, não
Fala-se muito em proibir ou banir o uso de sacolas plásticas. Estados há em que até leis inerentes ao assunto foram criadas. Mas o mais aconselhável é disciplinar seu uso e exercitar seu reuso ao máximo. Lembrete: O fato de o plástico poder durar 200 anos é positivo, pois não libera carbono, o gás do efeito estufa. Um pedido: Sacolejem os donos de supermercados de Sobral para que não continuem “ensacolando” até uma simples caixa de fósforo.

Pérolas do rádio
Gabava-se um radialista: “Já ganhei até vários troféis …”. Um colega acudiu: “O correto é TROFÉUS!” Demonstrando imensa ojeriza à humildade, não se curbou diante do alerta e até insistiu: “ganhei três troféis”. Agora, se procurar enriquecer em cultura e empobrecer em arrogância terá direito a TROFÉUS. Se não fizer isso, continuará recebendo só troféis mesmo.

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