POUCAS E BOAS

Mexa-se!
Através do Woldometer (Escritório de Censos dos EUA), a Organização das |Nações Unidas (ONU) informou que em 2025 a população mundial chegou a 8.092.034.511pessoas. Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que um terço da população mundial é fisicamente inativo e o sedentarismo mata cerca de cinco milhões de pessoas anualmente.
Outra pesquisa da OMS aponta que entre 2020 e 2030, por conta da inatividade física, aproximadamente 500 milhões de pessoas desenvolverão doenças cardíacas, obesidade, diabetes, dentre outros problemas de saúde.
Lamentavelmente, o Brasil figura como o país mais sedentário da América Latina e o quinto no ranking mundial. Aqui, cerca de 300 mil pessoas morrem por ano devido a doenças associadas ao sedentarismo.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 47% dos brasileiros adultos são sedentários. Agora, pasmem: entre os jovens o número é maior e ainda mais alarmante: 84%.
Preocupadíssima com esses números a OMS criou o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo, que é comemorado no dia 10 de março de cada ano. Seu objetivo é sugerir que governos e população urgentemente envidem esforços visando a inverter essa preocupante situação. Dentre suas recomendações, a prática de 150 minutos de atividade física moderada por semana já seria um bom começo.
Sobre essa escalada do sedentarismo várias causas devem ser elencadas, sendo que duas encabeçam a lista: falta de melhor educação e ausência de mais ação governamental.
Em primeiro lugar, o desconhecimento dos malefícios do sedentarismo na população. Nesse caso, a solução poderia vir através de melhor educação no lar e na escola desde a infância, dando-se prioridade ao conhecimento do assunto (sedentarismo) e o gosto e a busca por atividades físicas. Em segundo, a falta de mais atuação dos governos, disponibilizando equipamentos à população – as chamadas Academias ao Ar Livre (AAL) – e encetando campanhas educativas que incentivem hábitos saudáveis como praticar exercícios físicos regularmente.
Não se pode ignorar que a moderna tecnologia é também capítulo à parte no estudo do avanço do sedentarismo. Para ilustrar, cito o uso do controle remoto, elevador, bicicleta elétrica, escada rolante, veículo automático ou não, moto, telefonia móvel em curtas distâncias, enfim, equipamentos que reduzem ou eliminam por completo o esforço físico, mas que podem ser perfeitamente usados com moderação.
Vale salientar que muitos municípios brasileiros já fazem sua parte. Sobral é um desses exemplos, haja vista a administração anterior já ter dotado de Academias ao Ar Livre (AAL) quase todas as praças da sede e distritos. Mas se observa que ainda não há adesão satisfatória ao uso delas. Por outro lado, em alguns locais é notória a ação dos depredadores.
Compete ao atual gestor mover-se e cuidar da manutenção, da atualização e proteção das AAL quanto à ação de vândalos. Além disso, mover-se para realizar um intenso trabalho de conscientização da população para a necessidade de movimentar-se, praticando exercício físico nesses equipamentos públicos. Portanto, no caso de Sobral, o combate ao sedentarismo já pode contar com meio caminho andado.
RELEMBRANDO: Amanhã (10 de março) transcorrerá o DIA MUNDIAL DE COMBATE AO SEDENTARISMO: quem quiser viver mais e com mais qualidade: MOVA-SE!
Mulher política
Bancada, política, câmara e mulher são palavras do gênero feminino. Só que na bancada política da Camara sobralense o masculino (gênero) ainda é dominante com folga. Das vinte e uma cadeiras, apenas quatro são ocupadas por mulheres. Prova incontestável da falta de união delas no município.
Gênero, número e grau
Segundo o Censo 2022 Sobral tinha 203.023, dos quais 50,1% de mulheres e 49,9% de homens. Observa-se que, unidas, poderiam até eleger prefeito e vários vereadores. Só que conscientização do seu potencial é o que está faltando às sobralenses. Resolvida a questão do grau (de conscientização) as demais estarão resolvidas.
“Corage, muiés!”
Possivelmente era isso o que ouviriam as mulheres de hoje dessa brava e famosa aniversariante de hoje (8 de março): Maria Gomes de Oliveira – Maria Déa ou Maria de Lampião ou, ainda, Maria Bonita. Nascida em 08.03.1911, em Glória, atual Paulo Afonso (BA), foi a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros.
Perdeu a cabeça
Em 1928, viu o Rei do Cangaço, encantou-se, largou a casa e o marido, o sapateiro José Miguel da Silva (Zé de Neném), e virou mulher de Virgulino Ferreira da Silva (Lampião). Anos depois, em 28.07.1938, Maria Bonita, Lampião e outros cangaceiros foram assassinados na Grota de Angicos, em Sergipe. Segundo a história, ela foi a única pessoa do bando decapitada ainda com vida.
Reprise
É no que dá deixar-se anestesiar e permitir se levar pela ilusória vida “glamourosa” ostentada por todo bandido. E isso continua acontecendo numa versão mais atualizada com certas mocinhas. Observe, comprove, mas, ao menos, alerte-as!
Vade retro!
É o que bradam muitos bebedores sempre depois da Quarta-feira de Cinzas, ao iniciar mais um recesso etílico. Para alegria das famílias e tristeza dos donos de bares essa saudável prática vem se difundido muito. Movidos apenas pela curiosidade do desafio, têm entrado nessa bebedores sociais e até mesmo diaristas moderados (se é que existem). E assim vai crescendo o bloco dos quaresmeiros.
Descanso
Além de darem um descanso ao fígado, principalmente, muitos também aproveitam para aparar arestas no lar, equilibrar finanças e desintoxicar o espírito. E, às vezes, culminando no abandono definitivo do copo.
Porre de sobriedade
Outros, mesmo sem beber, não conseguem se reconciliar com a síndrome da abstinência. Transformam-se num “porre” de sobriedade para familiares e amigos. Massacram a todos com sua impaciência e impertinência, forçando-os até a concluir que melhor seria sem o recesso alcoólico.
Últimas tentações
Lutar para abandonar o álcool ou, não sendo possível, pelo menos voltar a ele com menos sede. E mais: sobreviver à aparente lentidão do ponteiro que parece não querer ultrapassar a meia-noite da Sexta-Feira Santa. Topa o desafio?
Pérolas do Rádio
Confessou, nesta semana, um locutor de Sobral: “Pra mim, é quase impossível fazer abistenênça de álco na Coresma. Não posso ver lito (de cana), nem latra (cerveja) que falto enlouquecer”. Já eu acho que impossível é esse companheiro pegar (estudar e aprender) num livro de Português. Se o fizesse, certamente erraria menos e falaria assim: “Pra mim, é difícil fazer abstinência de álcool na Quarema”. Não posso ver litro (de cana), nem lata (cerveja) que falto enlouquecer”



