REABERTURA frustrada?
Como era pedido há muito tempo pelos comerciantes, o prefeito autorizou a reabertura do comércio central. Uma ação que dividiu opiniões, mas que funciona de duas maneiras: retoma aos poucos a economia e dá um voto de confiança aos comerciantes e – ou alguém duvida que, se não houver cuidados e os casos aumentarem, vai ser tudo fechado de novo?
Um prefeito tem que tomar atitudes impopulares e nunca agradará 100% da população. Ele optou pela retomada da economia, mas isso não significa que renunciou à saúde pública. Tanto é que diversas recomendações foram feitas para que tudo funcione em harmonia. Espera-se muito que assim seja e que novas medidas de fechamento precisem ser tomadas. Ou uma reabertura maior.
Contudo, uma coisa é importante ressaltar: a população precisa fazer a sua parte. Um exemplo está no próprio comércio que, mesmo não podendo abrir, buscava maneiras de burlar o decreto e funcionava. Obviamente que não tinha o mesmo movimento, mas muitos abriram mesmo contra o decreto. Na realidade, as grandes lojas e conglomerados fecharam em todas as cidades que operam.
E agora cabe também a população, que opta por sair mesmo com as recomendações do isolamento social e não utiliza máscara ou mantém o distanciamento orientado em filas e aglomerações. Com isso, de nada adianta deixar os comerciantes fechados. É preciso ter consciência individual e coletiva em momentos de pandemia, senão será uma doença ainda mais incontrolável.
Que os números não subam nos próximos dias de forma vertiginosa, pois se isso acontecer, novos decretos devem sair e muitos estabelecimentos irão voltar a fechar. Contudo, se isso ocorrer, não adianta culpar o poder público por isso. Tem que culpar a população e os comerciantes que, ao invés de cuidarem quando tiveram a oportunidade, fizeram com que a doença se propagasse mais. Todos precisam cooperar, antes que seja tarde.
Esperamos que todos continuem atentos e bem alertas, para não retrocedermos, pois a retomada será mais pesada e trará mais desalento a tão esperançosa comunidade.