Residentes da área de saúde participam de paralisação

A paralisação aconteceu em todo o país. Segundo os manifestantes, esse primeiro momento tem como objetivo dar visibilidade às reivindicações

Residentes em Saúde se manifestaram na terça-feira (3) contra a precarização do Sistema Único de Saúde (SUS) a redução da “bolsa-salário”, e o aumento da carga horária de 60 horas semanais. A principal crítica é contra a nova reforma da previdência que resultou em um aumento para a categoria diante da bolsa, que não possui reajuste desde 2016. Se antes da norma a contribuição era de 11%, agora é de 14%.
Para Fabiele Araújo, enfermeira residente o excesso da carga horária de trabalho gera transtornos físicos e psicológicos. “Tem que ter uma reorganização desse horário, pensando que uma carga horária de 60 horas por semana é bastante extensa, cansativa e desgastante”, declara a residente.
A residente, Carla Dino, destaca a residência como uma contribuição importante para os serviços de saúde. “A gente atende nas unidades básicas de saúde contribuindo muito para o serviço”, disse.
De acordo com o Victor Sousa, 19 anos, especialista em saúde mental, é preciso estar atento ao ataque do Governo Federal aos direitos constitucionais, segundo o jovem, os meios de educação e saúde estão sendo afetados. “Aqui a gente está lutando pela pauta dos residentes em específico, mas de uma forma geral abrange a população. Sem esses profissionais para dar apoio a rede de saúde do município de Sobral, vai haver uma defasagem”, explica.
Ainda na terça-feira, o grupo de manifestantes, residentes da Escola de Saúde Pública Visconde de Sabóia realizou oficinas, organizou uma reunião no Sindicato dos Trabalhadores Rurais para discutir as pautas com movimentos sociais e conselhos locais de saúde e categoria. A paralisação aconteceu em todo o país. Segundo os manifestantes, esse primeiro momento tem como objetivo dar visibilidade as reivindicações.