Santa Missa de abertura da Campanha da Fraternidade 2020

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Neste ano, a campanha tem como tema: Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso. Com ênfase no lema bíblico: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”

A missa de abertura da Campanha da Fraternidade 2020 aconteceu no domingo (29), na Igreja Catedral da Sé. Presidida por Dom Vasconcelos, a celebração teve a presença da equipe da campanha, seminaristas, religiosas de diversas congregações, alunos das escolas católicas da cidade e a cúria diocesana, reunidos em prol de anunciar a missão da campanha, em compromisso com a caridade juntamente à empatia.
Neste ano, a campanha tem como tema: Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso. Com ênfase no lema bíblico: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”. Com esse tema, ela pretende conscientizar a luz da palavra de Deus para o sentido da vida como dom e compromisso, que se traduz em relação de mútuo cuidado entre as pessoas na família, na comunidade, na sociedade e no planeta.
O cântico de entrada foi agraciado pelo hino da campanha da fraternidade, que recorda aquilo que a parábola do bom samaritano ensinou com a demonstração de amor ao próximo, enfatizando que, a vida clama a necessidade de cuidado e respeito, desde o início até o termo final. Na ocasião, a Comunidade da Divina Misericórdia conduziu até o altar, a imagem de Santa Dulce dos Pobres, símbolo da campanha atual.
Recentemente canonizada pelo Papa Francisco, Irmã Dulce é a primeira santa brasileira. O exemplo de irmã Dulce, que dedicou a vida em ajudar os mais necessitados com atitudes concretas, inspira a campanha deste ano.
O bispo diocesano comentou a importância da vida em fraternidade. Ressaltando a compaixão e o cuidado. “A campanha da fraternidade deste ano nos faz olhar para a vida, a vida como um dom, um dom de Deus. A vida como um compromisso que todos nós devemos ter. Para que haja compromisso com a vida é necessário ver o mundo com os olhos de Deus. É necessário ter compaixão, é necessário cuidar”, disse.
Dom Vasconcelos deu início a homilia, felicitando a Irmã Maísa, que celebrou 104 anos de vida como um dom de Deus. O bispo aponta que o sentido da vida deve se sobressair diante da longevidade. “Chegou o momento oportuno que Deus nos oferece para pensar sobre o sentido da vida. Qual o sentido da vida? É necessário perguntar-nos: por que vivemos? O que estamos fazendo com a nossa vida? É necessário perguntar-nos: por que morremos? Existe algo após a morte?”, indaga o bispo.
O bispo diocesano conduziu a comunidade católica a pensar a respeito do mistério da vida e da morte. “Nós somos um pensamento de Deus, nós viemos de Deus. Nele, em Deus, nós existimos, nos movemos e somos. E para ele nós caminhamos, e ele nos espera de braços abertos. Mas nessa trajetória, querendo ou não, cedo ou tarde, nós teremos que passar pela morte. Como é triste a morte, mesmo sabendo que um dia ela vai chegar, ela nos entristece, ela nos causa pânico e dor, por quê? Porque nós não fomos criados para a morte, nós fomos criados para a vida, nós não éramos nada, e do nada nós éramos pó. Deus, ele que é a vida, a fonte da vida, soprou no pó o alto da vida”, ele segue ressaltando o paraíso que Deus deixou ao homem e o limite para não alcançar a árvore do fruto proibido.
“Se comerdes do fruto dessa árvore vos tornareis iguais a Deus. Essa foi a grande tentação, essa continua sendo a grande tentação para toda a humanidade. Amados irmãos, quando o ser humano quer ser igual a Deus, ele quer se colocar no mesmo patamar de Deus, ele quer ser juiz de sua própria causa, ele não quer ser o seu limite, ele não quer admitir que existe um limite para si, que existe algo ou alguém que esteja acima de si. Ele quer ser como Deus”, ressalta.
Para ele, a ganância do homem destrói a casa comum para explorar as riquezas que nela existe, e destaca a necessidade de contemplar o Cristo que vence o mal. “Se a morte cresce dia a dia, é porque nós, diferentemente do nosso mestre senhor, estamos cedendo a tentação do demônio. O senhor nos chama para sermos firmes, para sermos perseverantes, para nos unirmos nesse combate contra o mal. De que forma? Fazendo o bem como fez Santa Dulce dos Pobres, encontrando a pessoa de Jesus, não apenas na hóstia consagrada, não apenas no imaginário triunfante dos céus, mas encontrando Jesus na pessoa do necessitado, do pobre, do faminto, do excluído”, destaca o bispo diocesano, dando sentido ao lema da campanha.

Coletiva de Imprensa
O Auditório da Paróquia do Patrocínio recebeu na manhã de sábado (29) a Coletiva de Imprensa realizada pela Diocese de Sobral para lançar a Campanha da Fraternidade. A mesa foi formada pelos párocos, representantes das pastorais e pelo bispo de Sobral, Dom Vasconcelos, que comentou a finalidade da campanha. “É uma campanha para que todos sejamos irmãos, para que todos vivamos como irmãos”, comenta.
A Campanha da Fraternidade acontece anualmente de acordo com o período da quaresma. Nesse período haverá o exercício espiritual através da via sacra, círculos bíblicos e outros encontros promovidos pelas paróquias. Ações concretas de cuidado com o próximo foi discutida entre os presentes, focando no cuidado da igreja com os jovens em situação de desespero, e com o meio ambiente.
O coordenador da campanha, padre Manuelito Quinto, comentou a relação da igreja com a parábola do Bom Samaritano. “Precisamos ser essa igreja samaritana”, e declarou a Coleta da Solidariedade como um fator crucial para ajudar os projetos apoiados pelo Fundo Diocesano de Solidariedade. A Coleta da Solidariedade é parte integrante da Campanha da Fraternidade e será realizada em todo o país no dia 5 de julho, Domingo de Ramos. A igreja espera que a comunidade católica participe ativamente desse gesto concreto de fraternidade. De acordo com a Coordenadora da Cáritas Diocesana, Socorro de Jesus, a diocese de Sobral direciona R$ 125 mil para 58 projetos sociais nas mais diversas áreas. “Esses recursos do fundo diocesano têm salvado vidas e mudado a vida de muitas pessoas. Não só porquê o dinheiro está lá para isso, mas porquê é uma missão da igreja enquanto cristão. A nossa diocese é muito comprometida”, conta. 60% do total da coleta permanece na diocese de origem e compõe o Fundo Diocesano de Solidariedade, enquanto 40% são destinados para o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS).

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