Esta semana, ainda em homenagem ao Pe. Osvaldo Carneiro Chaves, citarei trechos de um sermão seu na solenidade de Todos os Santos de 2004. Antes do Concílio Vaticano II no dia 1° de novembro, independente de dia de semana, acontecia a celebração dedicada a Todos os Santos. Era dia santo de guarda. No Brasil, feriado nacional. A Festum Omnium Sanctorum, festa de Todos os Santos firma na liturgia o Santo desconhecido de nós, mas, glorificado por Deus. Lembro-me de reflexão que fiz quando participava da canonização de São João Paulo II. Em 2005, muitos dos que ali estavam, choravam a despedida do Papa João Paulo II e naquele instante, em 2014, choravam de alegria, pelo reconhecimento de sua santificação.
Diz-nos o Pe. Osvaldo que “… o Magistério da Igreja transferiu a celebração da solenidade de Todos os Santos para o primeiro domingo depois do dia primeiro de novembro. Poderá acontecer que seja realizada exatamente no dia primeiro de novembro, isto se este dia primeiro for domingo. A razão da transferência é porque domingo tem maior ajuntamento de fiéis nas Igrejas, assim, um número de pessoas tem oportunidade de ouvir as pregações sobre Todos os Santos”.
“Santo é uma criatura de Deus”, continua o Pe. Osvaldo. É um bem-aventurado que pautou a sua vida conforme as bem-aventuranças evangélicas. O santo é aquela pessoa que sentiu necessidade da misericórdia de Deus. É santo porque cumpriu o programa do Reino de Deus contido nas bem-aventuranças. O santo está plenamente satisfeito com a Luz da Glória do Pai Celestial”. Os Santos “servem de modelo para todos nós, de encorajamento para todos nós. O que eles fizeram com a graça de Deus, nós podemos fazer também”.
“A solenidade de Todos os Santos, festejada pela nossa Igreja, é uma homenagem muito justa a todos aqueles que souberam pautar as suas vidas dentro do programa de salvação. Nós estamos aqui para homenageá-los; meditarmos sobre estas criaturas de Deus… A festa é destinada tanto aos santos canonizados, isto é, os que estão no cânon da Igreja, como aos não canonizados, os santos anônimos”.
“Particularmente, eu quero festejar no meu coração os santos anônimos, aqueles que nem sabem que são santos. A santidade deles é interna, nada de exterioridades. Eles são pessoas simples, espontâneas, disponíveis, prontos para servir. Quem dentre nós não conheceu ou conhece alguém assim?”. “Tem muitas pessoas assim… São santos que nem sabem que são santos. Levam uma vida de santidade com uma naturalidade admirável”.
São Bernardo ensina-nos: “Para quê louvar os santos, para que glorificá-los? Para quê, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai Celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles”.
Por isso, lembremos de nossos Santos de devoção, os que canonizados, beatificados, servos de Deus ou aqueles que estão em nossos corações, santos que foram, mas, que seu altar não será edificado na terra, mas, na Glória de Deus que é Pai é Filho é Espírito Santo.
Viva Todos os Santos de Deus que cumpriram o preceito contido várias vezes no texto bíblico: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19,2).

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