Traumas psicológicos / traumas de infância (I)

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Herculano Costa

Traumas psicológicos – Traumas são danos causados à mente humana, em decorrência de acontecimentos marcantes, dolorosos, angustiante. São respostas emocionais que provém de eventos estressantes, que as pessoas têm e, quase sempre, não conseguem administrar. Geralmente é o resultado de uma grande quantidade de estresses, que excede a capacidade de enfrentamento ou de ordenamento das emoções envolvidas nessas experiências.
Uma pessoa pode desenvolver um trauma psicológico, a qualquer tempo, em resposta a quaisquer situações ameaçadoras marcantes, sejam elas de ordem física ou emocional, como: acidentes, assaltos, ameaças de morte etc. Às vezes, o desgaste emocional e psicológico é tamanho, que as pessoas perdem a noção da realidade e de si mesmas.
Os traumas diminuem consideravelmente o aproveitamento da vida das pessoas traumatizadas e podem levá-las ao padecimento de condições psicológicas severas, como os estresses pós-traumáticos, a depressão profunda, enfim.
Nos casos em foco, psicólogos e profissionais dessa área da saúde, aconselham às pessoas acometidas a buscarem ajuda psicológica, após a vivência de um evento estressante, independentemente de sua natureza, para reduzir o sofrimento diário. O acompanhamento psicológico é indispensável para ajudar a pessoa traumatizada a ressignificar o acontecimento e recuperar a vontade de viver novas e boas experiências.
Traumas na Infância – A infância é, de um modo geral, vista como uma época de inocência, de descobertas e brincadeiras próprias dessa fase da vida, mas nem todas as crianças têm o privilégio de uma infância despreocupada. Negações, privações e maus tratos são situações de constrangimentos que causam feridas invisíveis na criança e que podem deixar cicatrizes emocionais profundas, que ecoam ao longo da vida. O que acontece na infância não fica na infância; pelo contrário, os eventos traumatizantes ocorridos nessa fase podem ter impactos duradouros, afetando os relacionamentos e o bem-estar emocional na vida adulta.
Os traumas de infância podem advir de várias causas, incluindo abuso físico, sexual ou emocional, negligência, separação dos pais, testemunho de violências domésticas, bullying, perda de um ente querido e muitos outros eventos perturbadores.
O impacto desses traumas pode ser profundo, afetando o desenvolvimento emocional e psicológico da criança.
Na maioria dos casos, as crianças não têm ferramentas emocionais ou cognitivas, capazes de processar plenamente aquilo que estão vivenciando. E isso pode gerar sentimento de culpa, vergonha, medos e confusões, que serão carregados para a vida adulta.
Ademais, os traumas de infância podem criar no infante uma reação escusa, como instinto/mentalidade de defesa, na tentativa de sobrevivência, levando-o, a estratégias de enfrentamento prejudiciais, como o isolamento emocional ou a negação e outras. Os traumas de infância, frequentemente, influenciam na capacidade de uma pessoa, de construir e manter relacionamentos saudáveis na vida adulta. Indivíduos que sofreram traumas na infância podem ter dificuldade em confiar nos outros, o que pode levar a relacionamentos marcados por descrenças, incertezas e inseguranças. Além do mais, eles podem, inconscientemente, recriar padrões disfuncionais de relacionamento, que podem replicar as dinâmicas traumáticas do passado. Além disso, os traumas de infância podem afetar a capacidade da pessoa de se relacionar de forma saudável com suas próprias emoções e necessidades, dificultando a comunicação eficaz e a resolução de conflitos nos relacionamentos com outrem. (Continua na próxima edição).

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