EUDES DE SOUSA
Acreditamos que depois do “I Encontro das Academias de Letras da Região”, em Massapê, possamos, através da participação da Academia Massapeense de Letras e Artes, Academia Sobralense de Estudos e Letras, AcademiaForquilhense de Letras e Artes e Academia Groaírense de Letras, de cooperação e compartilhamento de conhecimento, promover um desafiocultural, para o bem comum da coletividade.
Muito mais do que um agregador de ideias, de história, de filosofia, buscamos ser uma ferramenta de mudanças social e cultural. Quer ajudando a orientar uma cultura mais consciente, orientando melhorar a comunidade, fornecendo as informações e os meios para o desenvolvimento cultural.
Sabemos que estamos vivendo a Era do Despertar individual, um momento no tempo em que muitas pessoas em seu âmago se incomodam com lideranças impostas. Precisamos sim, ser responsáveis pelas mudanças que urgem.
A busca do conhecimento intelectual é um complexo caminho de idas e vindas, onde enfrentamos os grandes desafios do nosso tempo. Enquanto ficamos anestesiados, sentados em frente aos nossos televisores, com telas cada vez maiores, a sociedade vive um ponto de mutação na história social.
Organizamo-nos neste grande “I Encontro das Academias de Letras da Região”, de forma a produzir uma cultura a ser utilizada para iniciar uma jornada de renascimento. As Academias de Letras de Estudos e Artes não mostraram somente o que já existe, mas também, ajudaram a imaginar uma nova ideia. Podemos pintar nova ação concreta nos campos da literatura, da educação, da ciência e das artes. Somos um processo contínuo, que começou juntamente com a primeira Academia de Letras, a Academia Francesa.
Importância dos que vieram antes com as obras e sonhos contribuíram para o belezamento dos conhecimentos de toda a arte e dos saberes da cultura humana.
As ferramentas, tradições e ideias novas para construírem o presente e o futuro das novas gerações, que já estão entre nós. Trabalho esse ao qual a Academia Massapeense de Letras e Artes se propõe, para o desenvolvimento cultural de Massapê.
Uma Academia tem parcela de responsabilidade. Pode ser um motor que move e muda a sociedade. E a melhor parte é que prometemos lealdade necessária e irrestrita à cultura, quando fizemos o nosso juramento acadêmico.
Portanto, nós acadêmicos, ficamos orgulhosos quando alguém com sua humildade, sabedoria e capacidade, reconhece o nosso trabalho cultural. Talvez de forma inédita e com tratamento um pouco mais objetivo desafiando as variadas facetas do caráter e comportamento da política cultural brasileira, assim como de suas relações com as diversas crises culturais que infelicitam nosso país.
Como se ver o exemplo os nossos patrimônios históricos, a maioria desrespeitados, expressam indignações com o que consideramos como um apagamento da história de um povo. O povo que não conhece a sua história não consegue constituir uma sociedade organizada, integrada, com culturas sólidas, eficientes e respeitadas. Deixa-se o patrimônio humano, desrespeitado. Torna-se objeto de toda sorte. Como resultante do prolongamento de uma tal situação, desenvolvem-se uma cultura somente como reação de indignação a esses fatos culturais.
Precisaríamos promover união cultural, para conhecermos a estrutura ideológica uns dos outros, para tomamos pé dos problemas que nos inquietam, dos anseios que nos empolgam. Daí talvez surgisse um planejamento cultural fecundo para cada um de nós como indivíduos e para todos como grupos, como geração. Apareceríamos com outra imagem aos olhos do Ceará, do Brasil e aos nossos próprios olhos, já que estaríamos colocando fatos novos na paisagem cultural da região, fatos veementes, com o I ENCONTRO DAS ACADEMIAS DE LETRAS DA REGIÃO, em Massapê. Faríamos experiência deste Encontro das Academias uma chance de se continentalizar.
Precisamos garantir que esta iniciativa de hoje, que se encontra fragmentada, transforme-se em fluxo composto de pessoas comprometidas em fazer a sua parte ao adotar boas ideias em qualquer campo de conhecimento e compartilhar o que aprenderam. Ou seja, que tipo de futuro as nossas Academias de Letras criarão para as gerações futuras?
EUDES DE SOUSA. Jornalista, historiador, crítico literário, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, da Academia Sobralense de Estudos e Letras, e presidente da Academia Massapeense de Letras e Artes

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