Davi acusa Bolsonaro de descumprir acordo e ameaça derrubar veto em lei do saneamento
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se manifestou na sessão desta quarta-feira (15) contra o veto do presidente Jair Bolsonaro a um trecho da lei que instaura o novo marco do saneamento básico.
A nova lei facilita a entrada de empresas privadas no mercado de saneamento básico. O chefe do Poder Executivo decidiu vetar trecho que trata de um período de transição de 30 anos para que os contratos firmados pelas empresas estatais sejam mantidos nas regras anteriores à lei. A sanção com os vetos ainda não foi publicada no Diário Oficial da União, mas foi anunciada pelo presidente durante cerimônia nesta tarde no Palácio do Planalto.
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“A gente precisa respeitar os entendimentos e respeitar o que é acordado, acordado republicanamente, ninguém está falando de nada que não se possa falar em uma sessão do Senado Federal”, disse o senador após uma fala sobre o mesmo tema do líder do PSD, senador Otto Alencar (BA).
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Como justificativa para o veto, o governo disse que o trecho “prolonga demasiadamente a situação atual, de forma a postergar soluções para os impactos ambientais e de saúde pública decorrentes da falta de saneamento básico”.
“Estamos falando de entendimento, diálogo, construção há um ano e meio aqui, eu levanto essa bandeira e tenho apoio da maioria esmagadora dos senadores. Agora não pode fazer o entendimento e não cumprir o entendimento”.
E completou: “se infelizmente por parte do governo não houve a eficácia do entendimento, houve um lapso da parte do Executivo, que eu reputo, não é certo, a gente tem como corrigir aqui na sessão do Congresso Nacional isso”.
Antes da lei, os contratos assinados entre os municípios e as empresas estatais de saneamento eram dispensados de licitação. A mudança aprovada pelo Congresso coloca as empresas prestadoras de serviço, tanto privadas quanto públicas, nas mesmas condições de competição.
O trecho vetado previa um período no qual os atuais contratos estatais de programa poderiam ser renovados pelas partes, por mais 30 anos, até 30 de março de 2022. O mesmo se aplicaria às situações precárias, nas quais os contratos terminaram, mas o serviço continuou a ser prestado para não prejudicar a população até uma solução definitiva.
Um grupo de governadores enviou uma carta ao presidente pedindo que não fosse realizado o veto. Eles afirmaram que a exclusão do trecho traz insegurança jurídica no setor.
“Se esse dispositivo vier a ser vetado, como se sugere em recentes movimentos corporativos e políticos, extirpando assim o processo de transição para o novo marco, teremos não apenas insegurança jurídica, passíveis de questionamentos em medidas judiciais, com o risco de conduzir à estagnação do setor, mas também a paralisação imediata de uma série de ações e projetos em andamento”.
Fonte: Congresso em Foco
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