Nova fase de expansão do Ensino Superior do Ceará terá abertura de novos campi, novos cursos e concurso público histórico
Ações fazem parte de uma política estadual que democratiza o acesso ao ensino superior e potencializa a produção do conhecimento científico para beneficiar os cearenses
O governador Camilo Santana anunciou, nesta quinta-feira (3), por meio das redes sociais, que o Ceará contará com sete novas sedes para as três universidades estaduais no Interior. Saltando de 16 para 23 municípios com ensino superior estadual disponível, o incremento é de 44%. Além disso, o chefe do Executivo Estadual apresentou novos cursos para cinco campi já existentes, como Medicina em Crateús, Quixeramobim e Crato, além de Agronomia em São Benedito. Outro destaque do anúncio foi a confirmação de 693 vagas em concurso público para professores efetivos.
O anúncio contou com a presença da vice-governadora Izolda Cela; do titular da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), Carlos Décimo; do secretário da Saúde do Ceará (Sesa), Marcos Gadelha; do senador Cid Gomes; do presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão; e de outras autoridades, entre prefeitos das cidades beneficiadas e deputados estaduais e federais. Também estiveram presentes os reitores Hidelbrando Soares, da Universidade Estadual do Ceará (Uece); Lima Júnior, da Universidade Regional do Cariri (Urca); e Fabianno Cavalcante, da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).
Na oportunidade, foi assinado o decreto que institui a Política de Expansão do Ensino Superior do Estado do Ceará. Segundo o governador, a consolidação da política é resultado de um diálogo desenvolvido com as instituições de ensino e gestões municipais. “Estamos falando aqui com o único objetivo de garantir que os nossos jovens cearenses possam ter mais próximo um curso superior, para que eles possam seguir e ter esperança de uma vida melhor, sendo futuros profissionais”, afirmou Camilo Santana.
A definição dos cursos conforme a sede é norteada pela vocação regional, de forma a atender a demanda de profissionais qualificados para fomentar o desenvolvimento local.
A vice-governadora Izolda Cela enfatizou a importância de investir na transição do Ensino Médio ao Ensino Superior. “Essa ação vai no sentido de acompanhar essa tônica de cuidar das gerações de cearenses, com a presença da universidade, principalmente uma universidade que esteja cada vez mais vinculada às necessidades do povo. O Programa Cientista Chefe é muito importante, tem tido uma marca fabulosa em nosso Estado. E a intenção é que sigamos nessa articulação para o bem das pessoas”.
Em reconhecimento ao momento histórico, o ex-governador e hoje senador Cid Gomes pontuou que o processo de interiorização consolida o Ceará como a Terra da Luz. “O Ceará, mais uma vez, dá o exemplo. Isso é parte de uma estratégia, um estudo e uma necessidade que se tem de fortalecer a nossa educação desde a Educação Infantil, na parceria com os municípios. No Ensino Fundamental, o Ceará dá exemplo: das 100 melhores escolas, nós temos 82 situadas entre elas. No Ensino Médio, somos o quarto melhor indicador do Brasil”.
Ceará do Conhecimento
Para o titular da Secitece, a interiorização capta e potencializa as vocações culturais e econômicas de cada região, incluindo mais cearenses. “No ano passado nós tivemos a maior produção científica da história das universidades do Ceará desde 1997. Hoje, nós estamos, por determinação e convicção do nosso governo liderado pelo Camilo Santana, anunciando o maior concurso, a maior interiorização e a maior democratização do ensino superior. Essa democratização é para aqueles que precisam, que são os filhos dos trabalhadores e trabalhadoras que sustentam a nossa nação e o nosso Estado”, comemorou Carlos Décimo.
O maior concurso público da história de universidades estaduais terá um total de 693 vagas para professores universitários efetivos, de forma a contemplar as carências das universidades e viabilizar a plena implantação dos 16 cursos listados no anúncio.
Transformação
social
O papel das universidades na transformação da sociedade foi reforçado pelo reitor da Urca. “O papel da universidade é promover e capitanear as grandes demandas de uma sociedade. Mas, acima de tudo, ela precisa ser chancelada pela sociedade. Esse diálogo com gestores, comunidades e territórios onde as universidades estão inseridas é fundamental para que, de fato, a gente possa transformar com inclusão, criatividade e humanização”, afirmou Lima Júnior.
Os cursos de Medicina, por exemplo, contribuem para a estratégia de descentralização e regionalização da Secretaria da Saúde do Ceará. “O sistema de saúde não se faz apenas com estruturas de saúde, mas se faz com pessoas. Daí porque é importante a gente desenvolver a força de trabalho do sistema, estimular o ensino e pesquisa e gerar conhecimento, que é o principal valor para levar desenvolvimento para a região e, consequentemente, levar mais saúde para o cearense”, disse Marcos Gadelha, titular da Sesa.
“Estamos diante de uma ação de inclusão social pela educação no ensino superior do nosso Estado. Fortalece toda uma ação que o Estado vem fazendo há décadas na redução das desigualdades sociais e no aumento da produção do conhecimento humano”, ressaltou o reitor da Uece, Hidelbrando Soares.
“Novos cursos vão chegando atendendo boa parte da população desses municípios e colaborando com o desenvolvimento de cada região dessa”, completou o reitor da UVA, Fabianno Cavalcante.