Roda de conversa sobre autocuidado reúne jovens e adultos em Sobral

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A ação é aberta ao público e conta com a participação de profissionais da Psicologia.

Cuidar de uma pessoa dependente, vulnerável e adoecida, seja por um profissional ou um familiar, é uma tarefa complexa que exige muito de quem está no papel de cuidador principal. A rotina de cuidados e o acúmulo de outras atividades e responsabilidades do dia a dia podem resultar no abandono de si e na ameaça do bem-estar físico e emocional. Por isso, o diálogo e a troca de experiências geram processos reflexivos, de autoconscientização e autotransformação. Foi com este objetivo e também com o sentimento de poder ajudar outras pessoas a superarem transtornos de ansiedade, que a jornalista e idealizadora do projeto, Anne Beatrice Sousa, propôs junto a psicóloga Beatriz Parente, a criação da Roda de Autocuidado.
A ação já está em sua segunda edição e acontece na Margem Esquerda do Rio Acaraú, em Sobral. O ambiente se encaixou perfeitamente na proposta, pois na ocasião também são realizadas dinâmicas de yoga e meditação para os participantes. A idealizadora do projeto também acolheu a ação como uma forma de poder ajudar pessoas diagnosticadas com depressão.
“Eu não pude ajudar minha amiga quando ela mais precisou e eu queria poder fazer isso por outras pessoas. Apesar de achar que estou apenas fazendo minha parte, eu sei o quanto essa roda impacta positivamente as pessoas porque sempre temos algo para desabafar que estamos negligenciando”, disse a jornalista Anne Beatrice.
A proposta inicial era apenas uma ação para reunir jovens e adultos em uma roda de conversa sobre autocuidado, mas como houve uma repercussão foi positiva, atualmente a Roda de Autocuidado conta com o apoio de uma psiquiatra, uma nutricionista e cinco psicólogos. Os profissionais atuam de forma gratuita. Porém, não se trata de um atendimento entre o profissional e o paciente e sim de um acolhimento das histórias que os participantes queiram contar.
A idealizadora do projeto acredita que por meio deste trabalho voluntário e da empatia com a dor do próximo, ela também pratica o seu autocuidado.
“A gente se desacostumou a cuidar da gente mesmo, por isso a Roda de Autocuidado tem uma grande aceitação. Eu me sinto feliz de poder ajudar, mas quero que as pessoas saibam que ajudando elas, eu me ajudo muito também”, finaliza Anne.

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