EUDES DE SOUSA

Em todos os países, em todas as cidades, há uma camada social a que poderíamos chamar as elites dirigentes, que exercem, muitas vezes, sem o perceber; uma influência decisiva nos acontecimentos. Essas elites displicentes e omissas, às vezes, atuantes e eficazes, outras nuncas se eximem das responsabilidades maiores nos momentos de crises e quando o fazem é que a Nação, ou a cidade, ou a província apodreceram nos seus fundamentos morais e sociais. È o caso do Brasil, derrotado, muito mais pela crise educacional.
Não conhecemos, no nosso País, momento mais difíceis e de crise mais profunda, do que este que atravessamos. Crise moral, com o governo atirado às negociatas no Ministério da Educação, a inversão dos valores, ao malbaratamento da educação, os dirigentes prostituidos, avitados, desemoralizados, sem o menor resquício de confiança na opinão pública; as classes econômicas fechadas atrás dos seus negócios, imbuídas de um senso de lucro, de imediatismo privativista tão impresssionante que até parece que não pertecem e não vivem a vida da nosso país; e a classe estudantil asfixiada pela situação, revoltada com o descrédito do poder público, lutando para manter aparências que não podem mais prevalecer; no caminho aberto e pirigoso da exclusão social; o proletariado abandonado, desesperado, sem um indício sequer da presença do governo.
Ora, nas urnas eleitorais nâo haverá hora mais apropriada para uma reação recuperadora do que esta para um momento de salvação que se inspire no bem do país e na preservação, do seu futuro, que é o desenvolvimento educacional., Será possível permitir que um governo inspirado por homens odientos e vesânicos, alèm de medíocres e antidemocráticos, continue sendo um fator de evasão escolar e desesperança, de abandono e desespero do povo brasileiro?
Este é o problema que entregamos ao exame das chamadas elites brasileiras. As elites que fazem banquetes nos hoteis de luxos, que dirigem a economia do Estado Brasileiro, que lideram a política, atè mesmo aquela outra que, de alguns setores das igrejas evangélicas, vela pela percepção de valores que a situação atual aniquila e deturpa.
Posso dizer sem falsear a verdade que sou um jornalista e crítico literàrio em contato com a cultura de um povo e esse contato sobretudo nos últimos anos, me tem dado a consciência de que ou agem as camadas dirigentes da sociedade brasileira ou agirá o povo nesta eleição que, já transbordou o seu cálice de desespero. As declarações graves e corajosas de jovens estudantes, contra a mediocredade das eletes, são adeguadas ao nosso momento. Que seria melhor que a união do povo e das suas elites, a frente única, consciente e firme, de todas as camadas do país, dissesem a conspiração da mediocridade atual, de que o Brasil está decidido a não permitir mais o sistemático ideológico e implácável do aniquilamento da educação brasileira.

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