A explicação mais simples para a origem da palavra indica que na época antiga, há 60.000 a.C., as pessoas vigiavam os falecidos segurando velas em suas mãos, já que não havia luz elétrica. Dessa forma, a palavra “velório” teria surgido de “velas”. Mas, alguns historiadores apostam em outra origem e relatam que o ritual teria surgido na Idade Média, quando era muito comum o hábito de ingerir bebida alcoólica em excesso.
Na época, os copos e utensílios eram feitos em estanho, e a combinação do material com o álcool potencializava seus efeitos a ponto de derrubar a pessoa. Essa mistura causava efeitos colaterais com características de narcolepsia (sono profundo e incontrolável).
Por causa disso, mesmo estando apenas desmaiados, muitos acabavam sendo dados como mortos, e corriam o risco de serem enterrados ainda vivos. Então, quando as pessoas encontravam um suposto falecido, recolhiam o corpo e o colocavam estendido sobre uma mesa, fazendo uma espécie de “vigília” até que o indivíduo acordasse, fato que volta à origem do nome, já que não havia eletricidade na época, e as pessoas seguravam velas. Por isso a expressão “velar”.
Nos dias atuais, o velório é caracterizado por uma cerimônia fúnebre, na qual o falecido é acomodado em uma urna, para que familiares, amigos e pessoas mais próximas possam se despedir.
O ritual acaba sendo diferente para cada cultura. Em algumas, esse momento é para fazer festas, recitar poesias e cartas, realizar jantares e tornar uma verdadeira reunião, com bandas e músicos.
Algumas religiões também acreditam que o velório deva durar 24 horas, porque esse seria o tempo que o espírito ainda permanece presente no corpo após o falecimento. Entretanto, o período de exposição do corpo que está sendo velado pode variar muito, a depender de cada região ou país.
A decoração do velório também varia de acordo com a cultura. Normalmente, é responsabilidade da família e, em alguns casos, pode ser de acordo com o pedido do próprio falecido, quando este assim escolhe, ainda em vida, por meio de documento registrado em cartório, ou expressando seu desejo para algum familiar ou conhecido.
É costume enviar coroa de flores ao velório, como última homenagem à pessoa falecida e também como forma de prestar condolências aos familiares. Essa ação é um costume até hoje, entretanto, poucas pessoas sabem quando a tradição surgiu e o que a coroa de flores simboliza.
Se você também tem essa dúvida, confira as informações que apuramos sobre esse rito antigo que passou por várias alterações, mas que continua forte e se mantém presente em nossa sociedade.
No passado, as flores naturais estavam mais relacionadas à vida do que à morte, apesar de serem utilizadas em cultos fúnebres. Na Grécia Antiga, inclusive, as coroas representavam o círculo da vida eterna.
Antigamente, os velórios eram realizados nas casas dos familiares. Mas, como não havia meios de transporte como hoje, a distância fazia com que muitos não conseguissem comparecer à cerimônia. E para demonstrar os seus sentimentos, as pessoas que não conseguiam ir, enviavam flores ao falecido e sua família.
Esse costume permaneceu mesmo depois que os falecidos começaram a ser velados em outros lugares e, junto das flores, também passou a ser enviado um cartão de condolências.
Porém, com o tempo, percebeu-se que as famílias nem sempre conseguiam ler os cartões, já que as flores iam junto para a sepultura. Desta forma, surgiu a ideia de criar a coroa de flores com uma frase de condolências. Como ficam expostas no velório, todos podem ver a última homenagem, mesmo que a pessoa que a envia não tenha como comparecer à cerimônia.
Inicialmente as flores eram utilizadas para camuflar o mau cheiro dos corpos e espantar animais famintos. Com o tempo, esse costume evoluiu e as flores começaram a simbolizar os sentimentos de quem perdeu uma pessoa querida. (orsola.com.br).
Prof. Salmito Campos – (jornalista e radialista).

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