A cada ano, a Igreja no Brasil dedica o mês de Agosto a rezar pelas vocações. A cada domingo se celebra uma vocação específica e, neste dia 01, celebramos o dia do padre. A Igreja reza pelas vocações sacerdotais, e nós aproveitamos a oportunidade para homenagear a valorosa figura dos sacerdotes.
São homens que, em resposta a um chamado, deixam tudo e seguem o ideal de personificar Jesus Cristo através de sua vida, palavras e gestos. São homens tirados do meio do povo, cheios de limitações, fraquezas, sofrimentos, mas continuamente a graça de Deus lhes inunda o ser de uma forma misteriosa. São homens comuns, mas ao mesmo tempo portadores desse privilégio incomum. Através do simples toque de suas mãos ungidas, aquilo que é eterno se faz no tempo, as coisas e as criaturas naturais se fazem sobrenaturais e eternas. São mãos que consagram, abençoam, perdoam e curam.
Quando falamos na vocação sacerdotal, falamos em uma sublime vocação, na qual um mistério inalcançável se une a um dom imerecido. Quando, na Última Ceia, Jesus instituiu a Eucaristia, deu-se o momento em que Deus superou-se em Amor e Misericórdia. Ocorreu o mais esplendoroso de todos os milagres. E esse portento pode ser realizado cada vez que um padre sobe ao altar para o sacrifício da missa.
Nas palavras de Jesus que pede: “Fazei isto em memória de mim”, o sacerdócio é instituído como precioso legado deixado à humanidade. Que dignidade suprema poder repetir aquelas palavras e gestos do Filho de Deus e transubstanciar o pão e o vinho em seu Corpo e Sangue. Sobre o altar, pelas mãos do sacerdote, está a pedra fundamental da Igreja: a Eucaristia.
Apesar de viver imerso nas realidades temporais do mundo, o padre é como um farol que sinaliza a presença daquilo que é Eterno, deixando um rastro luminoso por onde pisa. É como uma vela que vai se diluindo em luz. Ao consagrar todas as suas energias pelo engrandecimento do Reino de Deus, ele participa de todos os sofrimentos, penetra todos os segredos e cura todas as feridas.
São Paulo, em sua carta aos hebreus, no início do capítulo 5, sintetiza a missão e o chamado do padre, dizendo que “Todo sacerdote, escolhido entre os homens, é constituído para o bem dos homens nas coisas que se referem a Deus… e ninguém pode atribuir a si mesmo esta honra se não for chamado por Deus.” É o próprio Deus quem escolhe e chama a si aqueles que devem cuidar das almas como zelosos pastores.
Nessa missão, diariamente, o padre vai dos homens a Deus e vem de Deus aos homens, atando e desatando laços de amor entre o Céu e a Terra, entrelaçando o Tempo e a Eternidade. Sempre nos traz a consoladora esperança de que não estamos sós e nos ajuda a navegar o mar tempestuoso desta vida até, um dia, chegarmos ao porto feliz da eternidade. Entre as agruras e os encantos de seguir um ideal celeste, o padre vive a anunciar o Evangelho e a acender luzeiros de esperança nos corações de cada ovelha que apascenta.
E essa missão não é de hoje, já foi assumida por tantos padres que já passaram, mas deixaram a sua marca na Igreja e na vida do povo. Desde quando passou pelo mundo até hoje, Jesus nunca deixou de suscitar no povo de Deus dignos ministros do altar, homens que deixaram suas barcas, seus sonhos e seus ideais e seguiram o Bom Pastor.
Neste mês em que a Igreja, no Brasil, dedica às vocações, devemos redescobrir a importância de rezar por todos os sacerdotes, pedindo também que nunca faltem as vocações sacerdotais. A todos os padres de nossa Diocese de Sobral, em especial, desejamos as nossas felicitações, acompanhadas de nossas orações.

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