As festividades juninas

Estamos vivenciando o mês das festas juninas, um tempo no qual as tradições religiosas e populares se misturam. É uma oportunidade de valorizarmos a nossa cultura com toda a sua riqueza.
Tais festas possuem origem antiga, quando os povos pagãos festejavam o solstício de verão, ou seja, o dia mais longo do ano que ocorre neste mês. Com o início do cristianismo, a festa ganhou um caráter religioso e passou a integrar a cultura popular.
Com a colonização portuguesa, as festividades joaninas chegaram ao Brasil e rapidamente se difundiram por todas as regiões do país. E a festa que era dedicada, inicialmente, somente ao nascimento de São João Batista, passou a integrar também os festejos de Santo Antônio e São Pedro.
Santo Antônio, celebrado a 13 de junho, é o santo junino com maior apelo popular. É chamado de Santo dos Pobres e também procurado como santo casamenteiro porque, em vida, ajudou moças pobres a conseguirem os dotes para o casamento. Além disso, Santo Antônio sempre promoveu a união dentro das famílias.
No dia 24, celebramos o nascimento de São João Batista, o precursor de Jesus. Ele foi o único profeta a anunciar a chegada do Messias e a mostrá-lo no meio do povo. Ele batizou no Rio Jordão o próprio autor do batismo e foi ele quem apontou Jesus, proclamando-o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29). São João é o único santo celebrado no dia do seu nascimento e no dia de sua morte.
Outro santo venerado neste mês é São Pedro, sobre o testemunho de quem a Igreja foi edificada. Jesus o convidou para deixar o barco na praia e ir caminhar com Ele, pois o faria pescador de homens. Pedro prontamente deixou tudo e passou a caminhar com Jesus.
A partir disso, percebemos o caráter fortemente religioso das festas juninas, quando exaltamos três grandes santos da Igreja, que são modelos de testemunho de fé. Por isso, o tempo das festas juninas também nos conduz a um horizonte de fé, além das conhecidas festividades, danças e comidas típicas.
As fogueiras realizadas neste mês, também possuem origem religiosa. Conta-se que Isabel, mãe de João Batista, mandou acender uma fogueira no topo de um monte para avisar sua prima Maria que seu Filho havia nascido. Atualmente, as pessoas se reúnem em torno das fogueiras em clima festivo de confraternização pelas boas colheitas do inverno e de partilha das comidas típicas deste mês.
Toda essa festividade revela a força dos nossos costumes, perpassados pela religião, que vão sendo transmitido pelas gerações. Viva a nossa cultura junina! Viva Santo Antônio! Viva São João! E Viva São Pedro!



