As Lições que a Novela Pantanal nos Trouxe

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Salmito Campos

A novela Pantanal nos trouxe temas atuais e lições de grande relevância para refletirmos e porque não dizer, compartilharmos com os nossos familiares, amigos e até mesmo com pessoas que não comungam com as nossas ideologias sobre esses assuntos.
José Leôncio (Marcos Palmeira), como ator protagonista foi quem mais falou sobre homofobia, xenofobia, preconceito, bioma e educação. Sobre homofobia, defendeu ardentemente o Zaquieu, (Silvero Pereira), perante toda a “peãozada”, quando queriam zombar do rapaz gay que acabou se tornando um “peão macho”.
Homofobia é uma aversão irreprimível, de repugnância, medo, ódio, preconceito que algumas pessoas têm contra os homossexuais, lésbicas, bissexuais e transexuais (grupos LGBT). A origem da palavra homofobia vem do grego, formada pelos termos “homo” (semelhante ou igual) e “fobia” (medo, aversão), que significa aversão às diferenças.
Já a xenofobia foi debate entre Filó (Dira Paes) e Zaquieu quando este contou sobre o seu passado e as dificuldades financeiras e culturais que encontrou como filho de uma mulher pobre e nordestina no Rio de Janeiro. A xenofobia é a antipatia por pessoas estranhas que é incomum ou vem de outro lugar. A origem da palavra xenofobia provém do grego composto por “xenos” (estrangeiro) e “phóbos” (medo). A xenofobia faz referência ao ódio, receio, hostilidade e rejeição em relação às pessoas estranhas.
Conta Zaquieu para a Filó: “A minha mãe me pariu em dependência de empregada. Quando a bolsa estourou os patrões tinham saído para jantar. Depois fui criado no chiqueirinho da lavanderia. O patrão dela me amava, me colocava no colo, contava histórias. E quando a patroa não estava em casa, ele passava o dia brincando comigo. Até o dia que a esposa dele me viu chamando ele de pai. O que acontece quando uma mulher pobre nordestina incomoda a patroa? Ela foi mandada para o olho da rua, sem eira e nem beira”.
José Leôncio fala sobre o bioma pantanal conversando com Tenório (Murilo Benício): “Eu nunca mexi e nem quero saber de mexer com garimpo. Olha que o amigo ia ganhar um dinheiro grosso. Mas, não ia agüentar a vergonha de está poluindo o rio com mercúrio, esburacando tudo. O amigo não sabe que é proibido por lei explorar madeira ilegal e garimpo? Por causa do jeito que as coisas vão, esses produtores de riqueza vão botar o Brasil é dentro do buraco”.
Quanto ao tema educação ficou a cargo de José Lucas de Nada (Irandhir Santos) e Irma (Camila Morgado). Ele a convidou para participar de um projeto chamado Chalana-Escola apoiado pelo José Leôncio, que gostou muito da ideia de levar educação às crianças pantaneiras.
Todas essas lições que a novela nos trouxe fazem com que repensemos e exigimos mais sobre as políticas públicas que nos deixam a desejar os nossos governantes. Precisamos aprender a refletir mais profundamente em quem escolhermos para os cargos públicos do Brasil no dia 30 de outubro de 2022.

Prof. Salmito Campos – (jornalista e radialista).

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