Campanha da Fraternidade: expressão de conversão

Há mais de seis décadas, a Quaresma, para a Igreja no Brasil, possui um sentido ainda mais especial que aponta para a conversão exigida por Jesus: a celebração da Campanha da Fraternidade (CF). Ao longo destes 60 anos, a CF consolidou-se como uma das maiores expressões da ação evangelizadora da Igreja.
Criada por Dom Eugênio Sales, na Arquidiocese de Natal, a CF ganhou uma amplitude nacional através da CNBB, não sendo uma ação desta ou daquela pastoral, desta ou daquela diocese, mas de toda a Igreja Católica presente no território brasileiro. Desse modo, celebrar a CF é uma expressão de comunhão eclesial, na busca de construirmos juntos uma verdadeira fraternidade.
Vale destacar o quanto a CF enriquece a espiritualidade quaresmal, mostrando a partir de uma temática específica, o que o pecado pode ocasionar quando não é enfrentado. Precisamos, sobretudo, ficar atentos ao risco de viver o itinerário da quaresma contentando-nos apenas com atos externos de penitência, sem uma referência à pessoa de Jesus Cristo e sem uma abertura aos outros.
Estamos iniciando o tempo privilegiado de discernimento e mudança, e uma das nossas primeiras tarefas é buscar conciliar os propósitos pessoais com as relações humanas e com a comunidade eclesial. A espiritualidade quaresmal deve levar o cristão a um crescimento humano em todas as dimensões, inclusive na conversão quanto aos pecados sociais.
Assim como a santificação pessoal manifesta-se na boa relação com os outros e com os problemas do mundo, o pecado pessoal conduz a um desequilíbrio do ser humano consigo mesmo, com os outros e com as questões que envolvem a sociedade. Ninguém é capaz de viver como bom cristão, isolando-se e alienando-se quanto aos desafios do mundo.
Certamente por isso, nos últimos anos, tem-se visto tantas reações contrárias à CF por alguns grupos que se dizem católicos. A CF incomoda, justamente porque toca nas feridas da sociedade. É mais fácil viver a quaresma apenas com penitências pessoais, do que comprometer-se e buscar soluções coletivas para problemas, como moradia, saúde, educação, trabalho escravo, políticas públicas, fome e crise socioambiental.
No Concílio Vaticano II, a Igreja nos ensinou que “a penitência do tempo quaresmal não deve ser apenas interna e individual, mas também externa e social” (Sacrossanctum Concilium, n. 110). A cada ano, a CF convida-nos à conversão, a partir dos apelos das realidades sociais de nosso país. É, pois, uma oportunidade de renovar a sociedade a partir de dentro, iluminando-a com a força do Evangelho. Em espírito quaresmal, a CF precisa ser abraçada e celebrada, a fim de que o povo cristão seja consciente da busca do bem comum, da vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, e da responsabilidade de todos na promoção da dignidade do ser humano. Um autêntico encontro com a pessoa de Jesus Cristo conduz o cristão a um processo de conversão integral: mudança no modo de ser, pensar e agir, a partir do que o Mestre ensinou.
Há mais de seis décadas, a Quaresma, para a Igreja no Brasil, possui um sentido ainda mais especial que aponta para a conversão exigida por Jesus: a celebração da Campanha da Fraternidade (CF). Ao longo destes 60 anos, a CF consolidou-se como uma das maiores expressões da ação evangelizadora da Igreja.
Criada por Dom Eugênio Sales, na Arquidiocese de Natal, a CF ganhou uma amplitude nacional através da CNBB, não sendo uma ação desta ou daquela pastoral, desta ou daquela diocese, mas de toda a Igreja Católica presente no território brasileiro. Desse modo, celebrar a CF é uma expressão de comunhão eclesial, na busca de construirmos juntos uma verdadeira fraternidade.
Vale destacar o quanto a CF enriquece a espiritualidade quaresmal, mostrando a partir de uma temática específica, o que o pecado pode ocasionar quando não é enfrentado. Precisamos, sobretudo, ficar atentos ao risco de viver o itinerário da quaresma contentando-nos apenas com atos externos de penitência, sem uma referência à pessoa de Jesus Cristo e sem uma abertura aos outros.
Estamos iniciando o tempo privilegiado de discernimento e mudança, e uma das nossas primeiras tarefas é buscar conciliar os propósitos pessoais com as relações humanas e com a comunidade eclesial. A espiritualidade quaresmal deve levar o cristão a um crescimento humano em todas as dimensões, inclusive na conversão quanto aos pecados sociais.
Assim como a santificação pessoal manifesta-se na boa relação com os outros e com os problemas do mundo, o pecado pessoal conduz a um desequilíbrio do ser humano consigo mesmo, com os outros e com as questões que envolvem a sociedade. Ninguém é capaz de viver como bom cristão, isolando-se e alienando-se quanto aos desafios do mundo.
Certamente por isso, nos últimos anos, tem-se visto tantas reações contrárias à CF por alguns grupos que se dizem católicos. A CF incomoda, justamente porque toca nas feridas da sociedade. É mais fácil viver a quaresma apenas com penitências pessoais, do que comprometer-se e buscar soluções coletivas para problemas, como moradia, saúde, educação, trabalho escravo, políticas públicas, fome e crise socioambiental.
No Concílio Vaticano II, a Igreja nos ensinou que “a penitência do tempo quaresmal não deve ser apenas interna e individual, mas também externa e social” (Sacrossanctum Concilium, n. 110). A cada ano, a CF convida-nos à conversão, a partir dos apelos das realidades sociais de nosso país. É, pois, uma oportunidade de renovar a sociedade a partir de dentro, iluminando-a com a força do Evangelho. Em espírito quaresmal, a CF precisa ser abraçada e celebrada, a fim de que o povo cristão seja consciente da busca do bem comum, da vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, e da responsabilidade de todos na promoção da dignidade do ser humano. Um autêntico encontro com a pessoa de Jesus Cristo conduz o cristão a um processo de conversão integral: mudança no modo de ser, pensar e agir, a partir do que o Mestre ensinou.



