Campeão Sobralense em Jiu-Jitsu treina em Emirados Árabes

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O jiu-jitsu é uma arte marcial voltada para o ataque e autodefesa sem utilização de armas em sua prática. Todo esporte carrega uma capacidade de alcançar a disciplina, segurança e equilíbrio da juventude, a fase que tem como característica transições e crises que o esporte pode solucionar dando meta e equilíbrio. Foi o caso de Thalyson Araújo, 21 anos, faixa Roxa da equipe Nova União, 5 vezes Campeão Cearense. 4 estadual, campeão Brasileiro CBJJE e uma lista preenchida por vitórias.
O Jiu Jitsu apareceu na sua vida 4 anos depois que seu pai faleceu. Seu irmão foi o responsável por apresentá-lo ao esporte, logo depois estava quase competindo sua primeira luta. Sem kimono, sem dinheiro para fazer a inscrição e passando por uma situação difícil em casa, Thalyson contou com a ajuda de um professor para disputar o campeonato em Fortaleza, saindo de lá campeão.
Atualmente, Thalyson viajou para Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. Ele foi escolhido pelos Mestres Guilherme Santos e Heder Araújo que procuravam dois jovens faixa Roxa a pedido de Rafael Vilarinho, faixa preta da equipe. O atleta não pensou muito, disse sim para a oportunidade e agora treina com a seleção local de Abu Dahbi por uma temporada de 1 mês. “Aqui faço dois treinos durante o dia. Um pela manhã e outro pela noite, de domingo a quinta-feira. Sexta descansa e sábado só tem um treino. O resto dos horários fica livre para conhecer a cidade” descreve sua rotina com empolgação de conhecer outro país.

Parceria
O Jornal Correio da Semana procurou o Mestre Heder Araújo, professor e incentivador de Thalyson. Heder trabalha com Jiu Jitsu desde 2002 desenvolvendo um trabalho social de atletas de alto nível. É perceptível o orgulho do professor contando a trajetória do seu aluno, falando do esforço e da transformação que o esporte proporcionou.
“No Jiu Jitsu você tem que todo dia se superar, né? O nosso objetivo na luta é a finalização, tentar imobilizar o adversário. Tem que buscar ter calma no momento difícil que você está sendo amassado e pressionado. É igual a vida da gente, temos altos e baixos durante o dia e no baixo tentamos manter a calma para reverter essa situação” reflete o professor.
Thalyson diz que diferente dos seus amigos de infância encontrou a solução dos problemas através do esporte “Tinha dia que não tinha o que comer, porém a vontade de vencer era maior que minha fome. Durante a caminhada muita gente do bem apareceu e deu apoio com financeiro” declarou, agradecendo a cada pessoa que o ajudou a chegar longe.

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