Ceará registra 35 cidades em situação de emergência devido à seca ou chuvas intensas

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Por Samuel Carvalho – Redação Correio da Semana
O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) nesta segunda-feira (13) declarou situação de emergência mais em três municípios cearenses, Cascavel, Independência e Santa Quitéria, devido a problemas de estiagem ou seca. Ao todo são 35 cidades que que também estão com situação de emergência vigente, o que representa 19% do estado.
Em grande parte das situações dos municipios analisados no decreto deve-se à seca ou à estiagem extrema, entretanto, há cidades, como Missão Velha e Abaiara, cujo estado de emergência tenha sido decretado devido a “chuvas intensas”. O decreto neste último município tem vigência expirada nesta quarta-feira (15). Os dados são da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) do Ceará.
Das 35 cidades atualmente em situação de emergência, 13 têm prazo válido até o próximo ano e as demais encerram até o dia 31 de dezembro. Os decretos têm validade de seis meses, podendo ser prorrogados caso o problema persista trazendo danos à população. Confira a relação ao fim desta matéria. Nesse mês de setembro, mais especificamente no dia 25, encerra-se a vigência do decreto em Aiuaba.
O segundo semestre no Ceará é conhecido pela diminuição do volume pluviométrico em todo o estado. As precipitações em grande parte acontecem no primeiro semestre, sendo os meses de fevereiro a maio o período considerado “chuvoso” e, de dezembro a janeiro, a pré-estação chuvosa. De junho em diante os volumes pluviométricos caem drasticamente. Quando os reservatórios não acumulam água suficiente no período chuvoso, a população, sobretudo do semiárido nordestino, fica em vulnerabilidade.
Neste ano, a quadra chuvosa ficou mais de 10% abaixo da média histórica, de acordo com informações da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). O impacto imediato é perceptível nos reservatórios. A maioria deles não conquistou recarga hídrica suficiente e a agricultura familiar, ou de subsistência, foi diretamente afetada.
O volume dos 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) é de 25,7%. Destes, 57 estão abaixo dos 30%, dentre os quais 11 estão no volume morto e oito (Adauto Bezerra, Cedro, Forquilha II, Madeiro, Mons. Tabosa, Pirabibu, Salão e Trapiá II) estão secos.

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