Cenáculo Filhos de Sião: Cristo Ressuscitou. Alegria em Sião!
Cristo ressuscitou, aleluia! Verdadeiramente ressuscitou! E que alegria, pois estamos comemorando a oitava de nossas promessas vocacionais no Carisma Filhos de Sião.
Alegria em Sião
Meditemos a partir de Sofonias 3, 14-20, este trecho apresenta um hino festivo, de alegria em Sião.
O profeta vem nos anunciar que Senhor revogou a nossa sentença, eliminou o nosso inimigo (cf. Sf 3, 15), mas afinal, quem é o nosso maior inimigo? É a morte! É o pecado. E foram estes inimigos que o Senhor eliminou. É o mesmo que Ele nos dizer que apagou todas as nossas culpas, e, a partir de então, começaremos “do zero”.
Para aqueles que bem viveram o período quaresmal, louvado seja! Mas também para os que não caminharam bem, esta alegria que o texto apresenta é para todos! Cristo quer recomeçar conosco, dar nova vida.
“Eis que passaremos pelo tempo da consolação”, como disse o Papa Francisco referindo-se à Páscoa: é o tempo de vida nova!
Páscoa: alegria e testemunho
Conforme Baruc 5, essa leitura era proclamada na festa da colheita dos judeus, e para nós cristãos, hoje é lida na Páscoa. Este período é de alegria e de testemunho, pois não podemos silenciar perante aquilo que vimos e ouvimos.
Durante seis semanas temos todos os motivos para celebrar, visto que Cristo ressuscitou! E neste período pascal o Senhor vem nos dizer que tiremos estas vestes de decepção, tristeza, angústia, medo… Embora nós estejamos vivendo alguma realidade assim.
Tempo novo, vida nova
O Ressuscitado nos reveste da beleza e da glória de Deus! Este tempo novo é um recomeço, um ano novo, e por essa razão nos pede uma vida nova.
A ressurreição de Jesus é o dia mais importante e belo da história (como nos mostrou o Papa Francisco), e, portanto, deve ser comemorado por nós – substituindo a “cara de tristeza” por uma “cara de alegria”! Especialmente para aqueles que estão próximos de nós, que passaram pela Quaresma e pela Páscoa, porém, não perceberam a glória desses momentos fortes.
Parafraseando ainda o Papa na Semana Santa deste ano litúrgico de 2023, questionemo-nos: Qual é a meta, o objetivo da nossa caminhada? Para que caminhamos? É preciso acelerar o passo para atingir a meta, a fim de encontrarmos Jesus: Ele é a nossa meta! Vamos correr!
Enraizar-se em Deus
Para isso, nós necessitamos ter vida de oração, cultivar a intimidade com Deus – não esqueçamos que os dias são maus. Aqueles que não tiverem tal amizade, não permanecerão. Na caminhada haverá momentos de peso e de dificuldades… E o que será daquelas pessoas que não têm uma espiritualidade enraizada em Deus? Voltemos a encontrar o gosto do caminho, ao primeiro amor.
Isso é uma verdade que deve ser vivida todos os dias, sem perder de vista a nossa meta: Jesus! Pois todo sofrimento para alcançar a meta de nosso percurso, vale a pena!
Vamos subir a Jerusalém
Como os discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13s), saímos da Páscoa num caminho de descida… Mas chegando a Emaús, eles convidam Cristo a permanecer. Ao perceberem que era o Senhor, retornam a Jerusalém, isto é, sobem a Jerusalém.
Muitos de nós caminhamos também dessa forma, chegamos à Pascoa, sabemos pela fé que Cristo está ressuscitado, mas estamos descendo, em lugar de subir!
Nesse Tempo Pascal, é hora de sairmos de nós mesmos, e ir de encontro ao outro, ainda que nossa vida não esteja em plena alegria… Pois só Deus pode fazer nas nossas vidas aquilo que nós ainda não pudemos fazer.
Logo, a Páscoa traz essa perspectiva de testemunhar, de anunciar. Se não temos forças de ir até Cristo, testemunhemos, que assim Ele mesmo virá ao nosso encontro.
A Palavra de Deus nos conduzirá
Nós vivemos uma perene páscoa a cada domingo, a cada Santa Missa, revivemos a memória daquele santo dia. A exemplo dos discípulos de Emaús, a Palavra de Deus é o que inflama, arde os nossos corações. Tenhamos, pois, amor pela Palavra, debrucemo-nos sobre ela. E isto consiste toda uma vida de oração, pois Deus se comunica conosco através de Sua Palavra: desde a Santa Missa, no estudo bíblico, até na oração pessoal e comunitária.
Saibamos que a Eucaristia nos apressa nesse caminho! Quem caminha sabe onde quer chegar, tem meta. Não estamos indo para qualquer lugar: por esse motivo não podemos prosseguir de qualquer jeito, testemunhar de qualquer maneira.
Os apóstolos nos explicam como viveram o testemunho: “falamos do que vimos e ouvimos” (cf. 1 Jo 1, 3).
Que em nós desperte a alegria da ressurreição! Aquele que viu, ainda que pela fé, Jesus Cristo ressuscitado, não pode permanecer o mesmo.
“Quer encontrar Jesus? Testemunhe-O, anuncie-O!” (Papa Francisco)
Alegria, irmãos! Testemunhemos com alegria!
Julineide Mendes
Consagrada da Comunidade de Aliança Filhos de Sião