Cerimônias Funerárias nas Religiões

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Salmito Campos

As diversas formas de tratar os mortos e fazer o enterramento nas sociedades humanas sempre estiveram ligadas ao divino, ao sagrado e como será a sua vida pós morte. Assim acontece no judaísmo, no islamismo, no hinduísmo, no budismo, no cristianismo (e no espiritismo). A forma de preparar o morto para o encontro celeste ou com a ‘Divindade Maior’ de cada religião é que faz a diferença no processo de enterramento. (odia.ig.com.br).
No Catolicismo usam o velório e o enterro dentro de 24 horas após a morte. Usam coroa de flores, velas, a cruz e o padre para a cerimônia.
No espiritismo acredita-se que a morte, chamada também de desencarne, não é o fim, e sim uma passagem deste mundo para o outro. Em outras palavras, a doutrina crê que apenas deixamos o corpo físico para viver como espíritos até reencarnarmos em outro corpo com uma nova missão, para aprimoramento e evolução.
As cerimônias funerárias espíritas costumam acontecer de maneira semelhante a de outras religiões. Normalmente, são feitas preces para que o falecido busque entender o ocorrido e manter o equilíbrio, mas diferentemente dos católicos, não são usadas flores ou velas e o corpo pode ser sepultado ou cremado normalmente.
No Budismo, celebrado em várias partes do Oriente, costuma ter cerimônias funerárias diferentes de acordo com cada país. Um dos costumes é homenagear o falecido sete dias após sua morte e essa celebração deve ser repetida a cada sete dias, até alcançar 49 dias de falecimento ou sete reuniões.
O budismo também tem como tradição os “ofícios memoriais”, cerimônias oferecidas pelos familiares, em aniversários de morte específicos, como de um ano, de três anos, de sete, treze, dezessete e trinta e três anos, celebrando a memória da pessoa que se foi.
No Protestantismo não existe reencarnação, mas a crença em céu e inferno. O julgamento não acontece pelas atitudes que a pessoa teve ao longo da vida, e sim pela fé que ela demonstrou ao Senhor.
O velório costuma ser feito para auxiliar a família enlutada e não para se despedir do falecido. Durante a cerimônia, são realizadas as leituras da Bíblia e os participantes acompanham o enterro.
Os protestantes não costumam fazer cultos fúnebres, mas caso a família queira, é realizado um culto de gratidão a Deus pela vida de quem partiu.
No Candomblé a morte não é um fim, mas apenas um rito de passagem no qual ocorre o desprendimento entre espírito e corpo material. O ritual após a morte é dividido em várias etapas para que esse desprendimento ocorra e só depois disso é que ocorre o velório, para que o espírito encontre seu lugar de origem.
O ritual é renovado após um ano do falecimento e repetido pelos três anos seguintes.
No Judaísmo o momento é dedicado a reunir os familiares e pessoas próximas para homenagear o falecido, exaltando suas qualidades e comentando as boas ações que realizou em vida.
Para honrar o falecido e proporcionar conforto espiritual à sua alma no encontro com Deus, a família oferece donativos a entidades em seu nome.
Na cerimônia de despedida, as mulheres cobrem a cabeça com um lenço e os homens usam o quipá, (boina) e não se oferecem pêsames aos familiares, pois para os judeus não há palavras capazes de expressar a dor da perda.
Como a exposição do falecido é considerada um desrespeito, geralmente o velório é realizado com urna fechada e sem cantos ou músicas, apenas orações. A colocação da lápide varia dependendo do país. No Brasil, é colocada após 11 dias de falecimento, já em Israel, o tempo mínimo é de um mês.
No Islamismo o velório também é considerado uma etapa intermediária entre preparação e sepultamento, pois precisam sepultar os falecidos com mais rapidez com tempo hábil apenas para as burocracias.
O momento pede trajes respeitosos, no qual as mulheres devem manter as cabeças cobertas, mas sem a necessidade de usar preto. (orsola.com.br).
Prof. Salmito Campos – (jornalista e radialista).

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