Como conviver com as agressões verbais II

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Vamos falar outra vez sobre a raiva, sobre esse sentimento que todos nós temos de vez em quando, sobre as agressões verbais que muitas vezes são piores até que uma agressão física. Elas incomodam o interior mental das pessoas que podem chegar a ter angústia, tormento, agonia, depressão. Nessa vida agitada que vivemos temos que aprender a conviver com as pessoas sem que possamos agredi-las verbalmente e, é claro, nem pensar agredi-las fisicamente. Devemos ter sempre o cuidado de vivermos em paz conosco para vivermos em paz com as pessoas da nossa convivência.
Thomas Jefferson disse a famosa frase: “Quando se está zangado, conte até 10 antes de falar. Se estiver muito irritado, vá até o 100”. Segundo o professor de comunicação e psicologia da Universidade de Ohio, Brad Bushman, pessoas irritadas ficam altamente excitadas e acabam dizendo coisas que mais tarde vão se arrepender. Ao contar lentamente, a sua pressão arterial e cardíaca têm a chance de voltar ao normal, diminuindo a excitação. (terra.com).
Estive numa bienal em Fortaleza e comprei o livro: A “Virtude da Raiva” de Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi, onde ele aprendeu com o avô como driblar a raiva. Recomendo a leitura do livro. Arun, um menino indiano que não sabia controlar a raiva, brigava por qualquer motivo com os amigos. Seu pai então resolveu levá-lo para morar com o seu avô Gandhi para aprender a ser uma pessoa pacífica. Arun conta episódios sensacionais sobre como aprendeu com o líder da luta pela independência da Índia.
Veja uma passagem do livro que escolhi para você leitor. “As palavras podem causar mágoas irreparáveis às pessoas que mais deveríamos tratar com gentileza e amor. O que não percebemos é que a raiva nos fere também. Pense em como você se sente mal quando está insultando alguém ou agindo de maneira cruel com outra pessoa. Seu corpo fica tenso e parece que sua mente está pegando fogo. Você fica de, tal forma, consumido pelo descontrole que não consegue pensar em mais nada. A raiva limita a sua visão e tudo o que você consegue enxergar é a ofensa do momento. Pode ser que depois você se acalme e volte para pedir desculpas, mas o estrago já está feito. Quando reagimos de maneira impensada e descontrolada, é como se estivéssemos disparado um tiro – não há como voltar atrás e colocar as balas de volta na arma. Precisamos lembrar que temos a opção de responder de maneira diferente”.
Mesmo se você não esquecer o incidente, em última análise, perdoar uma pessoa que o tenha provocado é uma excelente maneira de dominar a raiva. O perdão pode ajudá-lo a parar de ruminar, quando os pensamentos não saem da sua cabeça como um pesadelo. “Isso não significa que você tenha de achar que o que o outro lhe fez é bem, apenas vai ajudar você a parar de se consumir pela raiva”. (terra.com). Por isso, perdoe e tente esquecer. Por Salmito Campos – (salmitocamposs@gmail.com).

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