Como diferenciar felicidade, alegria e prazer.
Assunto bem desejado por todos nós. Não existe uma definição completa para a felicidade. Porque cada um de nós tem uma felicidade diferente. E a alegria, é diferente da felicidade? É diferente do prazer? Eu sou uma pessoa alegre. Assim dizia minha linda irmã Maria de Almeida Campos (em memória). Você pode ser alegre e nessa alegria que você transmite, pode não ser uma pessoa feliz.
Então, o que podemos definir como felicidade, alegria e prazer? É uma tarefa muito difícil. Mas vamos buscar ajuda a quem entende e fala do assunto melhor do que eu.
Às vezes me sinto uma pessoa tristonha, pensativa, uma pessoa calada. Pensando na vida. Sabe como é? Uma pessoa procurando encontrar respostas para muitas coisas na vida. No entanto, sou alegre quando me encontro com pessoas que me dão contentamento nas suas companhias. Isso é maravilhoso para mim. Mas o que podemos falar da felicidade, alegria e prazer?
O livro “Felicidade Foi-se Embora”? dos autores Frei Betto, Leonardo Boff e Sérgio Cortella, foi escrito de um debate que os três tiveram no Sempre um Papo, que aconteceu no Cine Theatro Brasil.
Como diz Frei Betto, “não se deve confundir felicidade, alegria e prazer. “Felicidade”, “é um estado de espírito, de plenitude interior, que decorre do sentido que se imprime à vida”.
Já o prazer, prossegue Frei Betto, “é momentâneo, como degustar um bom vinho ou comer um prato suculento, enquanto a alegria é o que se sente ao receber uma boa notícia ou ver seu time ganhar”. “Felicidade”, reforça ele, “é fruto de atitudes solidárias, ainda que sofridas”. Para ele, “só é feliz quem faz os outros felizes”. (Ailton Magioli).
Leonardo Boff, defende que a felicidade “é a arte de encontrar o justo equilíbrio entre a dimensão de luz e a de sombra, que sempre acompanha nossa vida. Quer dizer, é acolher a condição humana, assim como é, contraditória, com altos e baixos, e procurar dentro disso ser senhor da situação, tirando o melhor de cada uma delas”. Boff acrescenta: “implica também conviver com limites que não podemos superar, mas com jovialidade e com certo humor. Ser feliz exige certa abertura franca para com os outros e para com Deus. Na verdade, só somos felizes se fizermos os outros também felizes. (idem).
Boff lembra que a vida tem seu campo de felicidade e de frustração. “A vida não é linear. Vamos mudando com o tempo e, para cada grande virada, mudam também os desafios e os modos de encontrarmos a felicidade possível. A criança possui sua felicidade infantil com seus jogos e amiguinhos. O jovem abrindo seu caminho e sentindo a força da seiva da vida. Os casais vivendo sua relação de amor e de carinho. O idoso aceitando pacientemente os achaques próprios da idade, sem se revoltar”. Aristóteles defende que “a felicidade é o maior bem desejado pelos homens e o fim das ações humanas”.
Por Salmito Campos – (salmitocamposs@gmail.com).